O co-fundador do Whitesnake, Bernie Marsden, disse que foi um “grande erro” não ter conseguido seguir com os planos de continuar compondo ao lado de David Coverdale após a separação da primeira formação.
No recente livro de memórias, lançado em novembro de 2019, Where’s My Guitar?: An Inside Story of British Rock and Roll (“Cadê minha guitarra? Uma história por dentro do rock and roll britânico”, em tradução livre), o guitarrista e compositor lembrou como era “o autor da própria morte” em 1982, quando o grupo se desfez, deixando o vocalista se afastar do blues-rock clássico que o Whitesnake tocava nos primeiros dias.
“As pessoas ainda me dizem: ‘você deve odiá-lo’. Mas esse sentimento nunca chega a ele. Eu odiava a situação em que estávamos e eu sabia que não estávamos indo a lugar algum. Pensava: ‘tenho 30 anos, terminei’. O [baterista] Cozy Powell foi muito bom para mim naquele momento, porque ele apareceu e me deu um tapa mental: ‘se recompense! Você escreve, toca guitarra, canta. Pare de sentir pena de si mesmo e continue com isso'”, contou Marsden ao Classic Rock em uma nova entrevista.
Ainda, acrescentou: “a última conversa que tivemos sobre Whitesnake, quando a banda estava terminando, era que ele e eu ainda deveríamos escrever juntos. Mas isso nunca aconteceu. E penso que é um erro muito grande, porque éramos bons escritores”.
O guitarrista pontuou sobre Coverdale : “ele fez muito bem por si mesmo e transformou a banda em uma enorme. Houve algumas músicas boas também, mas eu gostaria de pensar que poderíamos ter escrito mais algumas”.
Fonte: Rolling Stone Brasil