Você sabe como o Iron Maiden encontrou e escolheu Blaze Bayley para substituir Bruce Dickinson?

A história é mais do que conhecida: Bruce Dickinson se cansou de cantar no Iron Maiden, queria explorar novos territórios musicais e se dedicar com mais afinco à aviação. Dessa forma, o famoso Sirene de Ataque Aéreo decidiu passar no RH e deixar a Donzela de Ferro a ver navios.

Mas você sabe como o Iron Maiden encontrou e escolheu Blaze Bayley para substituir Bruce Dickinson? Caso não saiba, vem com a gente que te contamos como foi todo o processo – via Loudwire.

Os anos 1990 foi um momento bastante difícil para a banda, já que os álbuns No Prayer for the Dying (1990) e Fear of the Dark (1992) não tiveram tanto êxito quanto as pérolas oitentistas como Powerslave (1984), Piece of Mind (1983) e The Number of the Beast (1982).

Com a saída de Dickinson sacramentada, o líder e baixista do grupo, selecionou mais de 1.000 demos para o processo de audição. Dentre as fitas recebidas, o material de Bayley Alexander Cooke, mais conhecido como Blaze Bayley, estava na pilha, pois era o frontman da banda britânica Wolfsbane, que já tinha no currículo três EPs e dois discos completos.

Primeiro contato com o clã Maiden

Quando o Iron Maiden caiu na estrada para divulgar No Prayer for the Dying, o Wolfsbane foi a banda de abertura do giro pelo Reino Unido que se estendeu de 20 de setembro a 18 de outubro de 1990.

Naquela ocasião, muitas pessoas brincaram, inclusive, afirmando que Dickinson e Bayley eram bastante parecidos. Porém, poucos teriam acreditado que Blaze realmente substituiria Bruce poucos anos depois.

Primeira Audição e segundo contato com o universo Maiden

“Minha voz era muito diferente! Eu até cheguei a pensar: ‘Nunca vou conseguir esse trabalho’. Era uma audição de 10 músicas que estavam todas no set como Fear of the Dark, The Trooper, Hallowed be thy Name e Wrathchild, disse Bayley ao podcast Glam Metalcast, em 2021.

“No final das contas, eu pensei: ‘Quer saber? Por uma hora, eu estou no Iron Maiden, sou o vocalista do Iron Maiden’. E foi assim que abordei a audição”, ressaltou.

“Eu conhecia todas as partes da bateria, solos de guitarra e arranjos porque era um grande fã, eu adorava o Iron”, acrescentou. “Eu senti que me saí bem na audição, então houve uma segunda audição em que eles gravaram a minha voz para ver como ficaria no estúdio”.

Quem mais fez o teste para substituir Bruce Dickinson?

Em 2019, Bayley disse ao Rockfiend que ele era um dos 12 finalistas considerados para substituir Dickinson, depois que a banda analisou as supostas centenas de demos.

Além de Blaze, Doogie White, que se juntou ao Rainbow depois de não conseguir a vaga no Iron, era um dos vocalistas seriamente considerados para o posto.

James LaBrie, do Dream Theater, recusou o convite para fazer um teste; Andre Matos, ex-frontman do Angra e do Shaman, também estava na pequena lista de potenciais nomes. Além disso, Steve Grimmett, do icônico Grim Reaper, também tentou a sorte na Donzela.

Embora houvesse muitos rumores de que Michael Kiske (Helloween) fosse um dos favoritos para preencher a vaga, o próprio Kiske negou ter sido convidado para um teste, muito menos ter entrado em estúdio para cantar com a banda.

Por que o Iron Maiden escolheu Blaze Bayley?

Blaze Bayley, aos olhos de Steve Harris e do Iron Maiden, era a escolha ideal por uma série de razões.

O Big Boss te explica: “Depois que Bruce saiu, nós não queríamos alguém que soasse como Bruce ou Paul; queríamos alguém que tivesse sua própria voz. Havia outras pessoas que apareceram que eram tecnicamente ótimos cantores, mas soavam como outras pessoas e a gente precisava de alguém com seu próprio som.

Então eu acho que Blaze realmente se adaptou e encaixou à maioria dos requisitos; talvez haja algumas músicas em que ele não tenha se adaptado, mas isso teria acontecido com qualquer outra pessoa”.

“Blaze foi a escolha mais lógica, e eu soube disso imediatamente”, disse Harris em uma entrevista realizada em 1996. “Mas, ao mesmo tempo, não estávamos com pressa e poderíamos dedicar nosso tempo para explorar diferentes possibilidades.

Detesto mudanças, e isso não é segredo. Elas são uma coisa ruim; como no futebol, quando algumas transferências podem destruir um time. Mas essas coisas acontecem e temos que enfrentá-las.

Não se trata apenas de encontrar um bom cantor, porque há muitos cantores realmente bons por aí, nós precisávamos de alguém que pudesse realmente fazer parte do time”.

Detalhando o que ele quis dizer com isso, o baixista continuou: “O cara pode ser perfeito no que diz respeito a voz, mas, em um nível mais pessoal, isso é algo totalmente diferente.

Blaze era perfeito em todos esses níveis. Eu diria que ele entendeu melhor o que o Iron Maiden realmente é do que o próprio Bruce”.

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