Formado pelos irmãos Eddie e Alex, guitarra e bateria, respectivamente, o Van Halen é um case de sucesso em inúmeros quesitos. Quer um exemplo? Os trabalhos lançados nas décadas de 1970 e 1980 conquistaram discos de platina, o que prova, em uma matemática tímida, mais de dez milhões de cópias vendidas.
Apesar do sucesso comercial, dinheiro chegando por todas as partes, luxúria comendo solto, festas homéricas, fama, prestígio e tapinhas nas costas, a navegação da banda não fora essencialmente em águas calmas e pacíficas. Longe disso, na verdade, o mar ficou revolto em muitas ocasiões e quase fez a embarcação Van Halen naufragar em mar aberto, onde a ajuda é complicada e de difícil acesso.
Além dos vícios em álcool e drogas, a trupe quase sucumbiu com a dramática rachadura causada pela saída do vocalista e showman, David Lee Roth. Porém, o navio de salvamento chegou na roupagem do red rocker, Sammy Hagar. Havia um farol que poderia guiá-los a águas mais tranquilas para que as avarias fossem reparadas.
A prova dos nove chegou na forma do sétimo álbum de estúdio da banda, intitulado 5150. Então, a seguir, vamos listar 5 motivos que fez o álbum ter mantido – quiçá aumentado – o sucesso comercial do Van Halen.
1. Red Rocker
Quem já prestigiou uma apresentação ao vivo de David Lee Roth sabe que o rockstar esbanja simpatia, carisma e cobre cada espaço do palco. É uma experiência incrível vê-lo ao vivo! No entanto, é inegável a imponente presença de palco, energia e recursos técnicos proporcionados por Sammy Hagar ao grupo. O cantor ampliou, de forma praticamente ilimitada, as opções harmônicas, melódicas e rítmicas da banda. Ouça, por exemplo, a festiva Good Enough e terá uma breve ideia de tal afirmação.
2. Dois guitarristas a bordo
Além de ser um vocalista primoroso, Hagar é um guitarrista de mão cheia, com musicalidade e técnica acima da média, o que deixa muitos pretendentes a guitar hero comendo poeira e sem o rumo de casa. Saca só o trabalho impecável de Sammy nas linhas de guitarra de Love Walks In.
3. Redefiniu – de novo – os rumos do rock
No final dos anos 70, Eddie Van Halen colocou a turma da guitarra para estudar e ter uma relação para lá de íntima com o metrônomo, já que era a única maneira de correr atrás do prejuízo e se manter relevante na cena musical rock e metal.
Além de rearranjar os rumos da guitarra, Eddie & Cia mostraram que era possível ter numa mesma canção relevância técnica e sutileza. Uma coisa não anula a outra! O saudoso guitarrista provou inúmeras vezes esse ponto, e um bom exemplo disso reside na açucarada Dreams.
4. Extrapolou as fronteiras do rock n’ roll
Não é todo dia que o rock cai no gosto popular e pessoas, que pouco ou nada ligam para o estilo, se atentam aos maravilhosos tesouros de tal cena musical. Why Can’t This Be Love é um desses insólitos exemplos, pois extrapolou as fronteiras do rock n’ roll e fez a turma da firma adicionar na playlist do churrasco de fim de ano a clássica canção.
5. Ritmo de festa
Diversão, aliás, é o que não falta em 5150! A vibe festiva, ensolarada e californiana ganhou novos níveis com a chegada do praiano Hagar. “Nós gostamos de festa. Se eu quisesse ser sério, teria me juntado a Sinfônica de Boston”, disse Eddie, em entrevista concedida na longínqua década de 1980. Então, a festa está garantida com a sensual Summer Nights e a prazerosa Best of Both Worlds.