O Rock In Rio já foi palco para dezenas de artistas brilharem e o meio perfeito para que nomes como Iron Maiden e Guns N’ Roses fincassem bandeira – ou se tornassem “residentes” – em nosso país.
Mas teve o outro lado da moeda: alguns artistas enfrentaram um inferno no palco com vaias, cusparadas e chuva de latas e garrafas. Isto aconteceu com Erasmo “Tremendão” Carlos em 1985, quando abriu os trabalhos do dia metal, o qual contava com shows do Whitesnake, Iron Maiden e Queen.
Lobão passou aperto com os metaleiros em 1991 e foi expulso do palco em pouco tempo de apresentação, visto que a galera queria ver Judas Priest, Megadeth e Queensrÿche. Em 2001, Carlinhos Brown foi quase soterrado por latas e garrafas, pois o público queria ver Guns N’ Roses e não o seu axé e samba-reggae.
Trocando uma ideia com o produtor musical Clemente Magalhães, o líder e guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, afirmou que as vaias a Carlinhos Brown no Rock In Rio foi má educação brasileira.
“As vaias foi uma coisa de má educação brasileira”, declarou Kisser. “O Sepultura tocou em festivais com Peter Gabriel, Alanis Morissette e Sting, e isso acontece direto em vários lugares do mundo”.
“Tocamos em festivais que tinham música flamenca! Era Sepultura, Toto e música flamenca”, lembrou. “O Sepultura abre espaço para isso por causa da música brasileira, viola caipira e das melodias do Brasil que soam mais exóticas”, explicou.
Andreas acrescentou: “A gente colocou camisa amarela dentro do preto do heavy metal. Isso chama a atenção. São fatos novos dentro do estilo. Lá fora você tem festival com Black Sabbath, Yes e Fleetwood Mac. Aqui no Brasil é que tem essa segmentação”.
Eis o bate-papo completo no player abaixo:
Nestes outros players você pode ver as vaias que os artistas brasileiros sofreram no Rock In Rio: