Quando começaram a pipocar as bandas de Gothic Metal com vocais femininos, o que não faltava era uma banda com uma linda moça na comissão de frente com dotes vocálicos interessantes, instrumental sem muito alarde, mas o suficiente para fazer o arroz e feijão bem feito.
Nomes como: Nightwish, Lacuna Coil, After Forever, Epica, Within Temptation e Tristania eram sinônimos de casa cheia e fãs em cada canto do planeta.
Mas não foi só de gloria que o estilo viveu, tendo, em muitas dessas formações, a ausência de essenciais integrantes como é o caso da banda norueguesa, Tristania, quando alguns de seus ases, Morten Veland e Vibeke Stene, pularam fora do barco, deixando a banda à deriva quanto a qual direção seguir.
O norte veio com a cantora italiana, Mariangela Demurtas, e, consequentemente, no álbum de estúdio intitulado de Rubicon.
Em Rubicon ainda se encontra os elementos que nortearam a carreira da banda, mas nem perto com a pompa de antes. Mas não há como negar que o Tristania de hoje respira outros ares, visto que da formação original apenas Einar Moen (teclado) e Anders Hidle (guitarra) integram a banda.
Um fã cético perguntaria: isso é bom ou ruim? Tudo vai depender de você, ouvinte. Rubicon é uma boa tentativa de rememorar o passado de gloria, tentando distanciar ao máximo os fantasmas dos ex-integrantes, e mais, o álbum nem de longe parece aquele “catadão de estúdio”, onde a banda reprocessa as sobras de outros discos e apresenta ao público com a cara mais mal lavada do mundo.
Os destaques de Rubicon ficam no vocal da italiana Mariangela Demurtas, que teve a prudência de não copiar sua antecessora Vibeke; a boa produção e coprodução a cargo de Anders Hidle e Waldemar Sorychta, respectivamente.
O destaque nas canções fica pelo ‘open act’ Year of the Rat, as pesadas Patriot Games, Protection e Vulture e o fato do álbum ser dinâmico, o que não deixa o ouvinte enfadado a ponto de contar os minutos para que o disco acabe.
Por Marcelo Prudente