Depois de quase trinta anos de carreira, sete álbuns de estúdio e quatro compactos, a banda norueguesa anunciou o fim de suas atividades. Pela redes sociais, o grupo emitiu uma nota explicando a decisão.
“Depois de 26 anos na cena metal, os membros do Tristania tomaram a difícil decisão de encerrar as atividades, ou seja, não haverá mais planos futuros para o grupo. Com isso, a turnê pela América Latina, agendada para dezembro, foi cancelada.
Na semana passada, recebemos a notícia que uma pessoa próxima à banda precisará de cuidados médicos no curto e longo prazo, o que impossibilita qualquer plano com o grupo. Pedimos desculpas a todos por essa decisão.
Além disso, agradecemos a todos pelo apoio durante esse tempo. Compor, gravar, lançar e excursionar foi muito especial para gente. Vocês foram a inspiração para continuarmos por todos esses anos”.
Tristania foi formado em 1996 e é contemporânea à conterrânea Theatre of Tragedy (outro ícone do estilo), é até hoje um nome relevante do gothic metal mundial devido à intensidade e teatralidade das composições.
A banda e sua envolvente sonoridade dos dois primeiros discos, Widow’s Weeds (1998) e Beyond the Veil (1999) tiveram ótima aceitação do público e mídia especializada, principalmente devido ao desempenho da bela e carismática soprano Vibeke Stene.
Os dois primeiros shows do Tristania no Brasil (2001 e 2005) foram ainda com Vibeke, mas o último (2009) a banda já contava com a voz potente e enérgica de Mariangela Demurtas.
O pesado e soturno Darkest White, de 2013, foi o último lançamento do grupo. A belíssima capa do disco, o sétimo da carreira e o segundo a italiana Demurtas, faz jus à sonoridade do Tristania: o gothic metal ora agressivo, ora melodramático é como uma obra de arte em processo de composição, entre notas sutis e outras mais ríspidas e intensas, com algumas experimentações ousadas pelo meio – uma constante em toda a carreira da banda e o que a levou ao estrelato mundial.