Tony Iommi ganhou fama mundial à frente do poderoso Black Sabbath, tendo como ferramenta de trabalho e companheira sua Gibson SG. Antes de ser considerado o riff master do heavy metal, Iommi chegou ciscar em outras vizinhanças; o músico integrou, por exemplo, o Jethro Tull por cerca de duas semanas, mas não se adaptou ao som e às regras de Ian Anderson.
O guitarrista do Tull, Martin Barre, conversou com o podcast VRP Rocks e relembrou que Tony conseguiu o job, mas não se sentiu à vontade no Jethro Tull. Vale recordar que o primeiro trabalho de estúdio do Jethro, This Was, de 1968, foi com o blueseiro Mick Abrahams.
“Assim que Mick deixou o Jethro Tull, eles começaram a procurar um guitarrista. Me chamaram para fazer um teste, mas eu estava com muito medo, estava inseguro. Mas fui fazer o teste.
O estúdio estava repleto de guitarristas. Lá estavam Clive [Bunker, bateria] e Glenn [Cornick, baixo] tocando e improvisando; aí, cada guitarrista vinha e tocava. Quando Ian se cansava, ele dava um tapinha no ombro de Clive, eles paravam e diziam: ‘Obrigado, próximo’.
Foi horrível! Eu fui um lixo, pois eu era muito ruim tocando guitarra. Eles acabaram escolhendo Tony. Mas Tony não se envolveu com a música – não combinava com ele. Ele não estava à vontade com o som.
Ao mesmo tempo, eu liguei para o Ian Anderson, expliquei que havia tocado muito mal no teste e pedi uma outra chance. Depois disso, fizemos um ensaio no The Angel, em Islington, durante um dia inteiro; aprendi um pouco da música deles, e acabei ficando com o trabalho.
Algo em mim sabia que aquela era a minha vaga, era o meu trabalho. E eu não sei o porquê, porque eu era um músico muito tímido e pouco confiante. Mas eu simplesmente sabia que aquilo era para ser”.
Eis a entrevista completa no tocador abaixo: