Johnny Marr explicou conflitos com Morrissey em entrevista à Uncut Magazine (via NME). Apesar de possuir boa relação com maioria dos músicos com quem trabalhou, o guitarrista não consegue manter contato com antigo colega de banda nos Smiths.
“Bandas são como um exército de parceiros em um submarino, mas com muita pressão, esquisitice e estresse,” Marr justificou. Lealdade é o fator mais importante para manter essas relações, e isso não aconteceu com o grupo britânico, segundo ele.
O guitarrista mencionou como colaborou com muitas bandas, continuando próximo dos colegas: “Não é uma surpresa quando falo da minha intimidade com quem trabalhei – exceto pelo óbvio. Não é surpresa, porque eu e Morrissey somos muito diferentes.”
Os Smiths continuam como tema delicado para Johnny, apesar de amar a formação e primeiros anos do grupo. Com outros músicos, mesmo aqueles com mais diferenças pessoais, Marr afirma que pode “fazer uma ligação e retomar de onde pararam,” diferente da relação com o ex-vocalista.
“Todos com quem trabalhei foram ótimos. O único projeto que deu merd* foi The Smiths. É uma pena, mas acontece. Odeio falar da banda com esses termos, a banda que amei. Mas vamos olhar por esta perspectiva”.
Apesar das controvérsias políticas envolvendo Morrissey, Marr não teme ver o legado da banda manchado: “Nada pode mudar a história. Não estou preocupado. Não tem relação com meu mundo e minha vida. As músicas estão lá para as pessoas julgarem, se identificarem e ouvirem.”
O autor de “Everyday Is Like Sunday” demonstrou apoio à extrema direita após fim dos Smiths, gerando críticas por parte do público.
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Fonte: Rolling Stone Brasil