Começo da década de 1980, o mundo do heavy metal estava em festa, a cena estava mais efervescente do que nunca, com bandas e artistas solo pipocando em todos os cantos do globo e, de certo, obras impecáveis ganhando vida, o que era garantia de um sorrisão no rosto de todo e qualquer fã de música pesada.
Nesse balaio produtivo e criativo, a lenda britânica, Iron Maiden, que já tinha causado uma boa impressão em seus dois primeiros trabalhos de estúdio: Iron Maiden (1980) e Killers (1981), precisava emplacar com sua nova formação, uma vez que o air-raid siren, Bruce Dickinson, tinha recém chegado ao grupo e carecia mostrar seu poderio musical em um álbum de estúdio.
A obra-prima The Number of the Beast, que completa nesta quarta-feira, dia 22 de março, quarenta e um anos, mostrou um Iron Maiden bastante coeso e amadurecido, além disso, é fácil perceber a disposição da banda em produzir uma peça musical de altíssimo nível para que superasse o implacável teste do tempo.
O Maiden, cabe ressaltar, sempre se distinguiu de boa parte das bandas de heavy metal! O motivo é simples: o primor de suas composições e o virtuosismo dos músicos, que aplicam a técnica apurada em prol da canção, nunca para satisfazer o próprio ego.
The Number of the Beast é um bom exemplo disso e talvez seja o disco mais importante da carreira da banda, até mais que o seminal e celebrado Powerslave (1984). O Iron tinha acabado de dar cartão vermelho ao vocalista Paul Di’Anno, e por mais que as chances fossem favoráveis com o novo frontman, trocar a voz em uma banda é algo extremamente delicado e tudo pode desandar num piscar de olhos.
Além disso, outros fatores intangíveis como a química musical poderiam atuar em desfavor ao grupo. A liga entre o quinteto: Steve Harris (baixo), Dave Murray (guitarra), Adrian Smith (guitarra), Clive Burr (bateria) e Bruce Dickinson (vocal) poderia inexistir e qualquer empreendimento da trupe cairia por água abaixo. Por isso, o Maiden tinha tanto em jogo e tanto a provar, já que a chance de voltar a estaca zero era real e expressiva.
Para felicidade dos músicos e fãs, o Iron conjugou a criatividade da música pesada oitentista com o rebuscamento que todo bom músico almeja colocar em sua obra musical. E é nítido o coração, a entrega do corpo e da alma, que os músicos dedicaram ao disco.
Primorosamente gravado e mixado, The Number of the Beast é um trabalho irretocável e de vanguarda. É um álbum que está incorporado ao patrimônio do heavy metal e condiz com a alta categoria da Donzela de Ferro.
De longe o melhor álbum do Iron!
O baterista era incrível e tinha uma energia fantástica!
Qualidade técnica e composições excelentes!!!
Sem dúvida, The Númer of The Beast é uma das grandes obras primas do Heavy Metal.
O melhor disco do Iron Maiden, e talvez da história do Heavy Metal, se chama Seventh Son of a Seventh Son.
Sem chance , Somewhere in time é a obra-prima suprema