Em 1998, os holandeses do The Gathering lançavam o seu quinto álbum de estúdio “How to Measure a Planet?”, trazendo uma mudança na direção musical, em comparação aos seus trabalhos anteriores “Mandylion” (1995) e “Nighttime Birds” (1997).
Vários foram os fatores que levaram a esta mudança “radical” como o fato da banda se sentir um pouco presa artisticamente devido às altas expectativas de seus fãs, assim como perceber que álbuns como “Ok Computer”, do Radiohead, e “Mezzanine”, do Massive Attack, estavam obtendo um grande sucesso e a crescente popularidade de bandas indie/alternative como Slowdive ou Dead Can Dance.
Porém, o principal motivo foi ter apenas uma guitarra, após a saída do guitarrista Jelmer Wiersma, que implicava mais espaço para outros elementos diferentes e foi assim que o The Gathering decidiu aproveitar esta oportunidade para experimentar e reinventar seu som.
Sob a orientação do produtor Attie Bauw, a banda desenvolveu uma abordagem mais aprimorada, mais madura e mais sombria. As passagens semiacústicas, os teclados doces e angustiantes que iluminam o clima e os vocais emocionantes levam a um som muito mais conciso e produtivo.
É um álbum que requer paciência e compreensão dos ouvintes pois trata-se aqui de uma jornada pessoal, uma história de provações e tribulações. Há uma sabedoria surreal que é retratada pela instrumentação comovente que dificilmente você encontrará em qualquer outro álbum, de qualquer outra banda.
“How To Measure A Planet?” é mais sutil, o que funciona muito bem com a nova abordagem. O brilho desta obra de arte não está no som esmagador da guitarra ou em qualquer outra instrumentação “exagerada”. Como dito anteriormente, é tudo uma questão de sutileza que, aliás, combinou com a temática espacial encontrada em muitas das músicas, na arte de capa e no encarte.
“How To Measure a Planet?”, gravado nos estúdios holandeses Bauwhaus Studios e Wisseloord Studios, é um álbum ousado e inovador que ultrapassou a fronteira entre o metal gótico dos primeiros álbuns do The Gathering e as nuances inexploradas do pós-rock e pós-metal.
Com “How To Measure A Planet?”, o grupo se estabeleceu como uma banda experimental com influência de uma grande variedade de gêneros, não apenas do metal.
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Fonte: Shinigami Records