Desde o começo de carreira, na década de 1960, Vincent Damon Furnier – para os íntimos, Alice Cooper -, tratou de incorporar, com muito deboche e sarcasmo, diga-se, o melhor dos filmes de terror lado b em sua arte.
Dessa forma, decapitação, estrangulamento, guilhotina, tratamento de choque, bruxas e enfermeiras malvadas, carrasco, sadomasoquismo, galões de sangue falso e visual digno do filme O Corvo, de Alex Proyas, estão adicionados no show e na música do artista.
Os efeitos teatrais sombrios são o pano de fundo perfeito para sons do quilate de Feed My Frankenstein, Go to Hell e He’s Back (The Man Behind the Mask), além disso, tem o bônus de infernizar e atormentar os “cidadãos de bem”.
Sem delongas, queremos celebrar, mesmo em poucas linhas, a carreira, o legado e os bons serviços de Mister Cooper ao rock n’ roll. Portanto, vamos relembrar 8 sons da nossa tia Alice que vão te fazer tremer de medo.
1 – Go to Hell
Que tal ir para o inferno? Bem, deve ser mais interessante e divertido do que ficar em cima de uma nuvem tocando harpa. Mas, enquanto não chega a nossa hora de ir visitar o sete-peles, a gente curte Go to Hell.
Na letra da canção, o músico versa que algumas atitudes como dar doce a um diabético, roubar a bengala de cego e ser um beberrão irão condená-lo ao caldeirão do tinhoso. Chacota no nível mais puro!
2 – Welcome to My Nightmare
Todo mundo, em algum momento da vida, já teve pelo menos um pesadelo capaz de fazer os mais corajosos dormirem de luz acesa – e quiçá pedir exílio no quarto dos pais. Em Welcome to My Nightmare, Cooper quer mostrar ao ouvinte o teor soturno e claustrofóbico de seu sonho.
3 – He’s Back (The Man Behind the Mask)
As melodias são doces, a produção bem oitentista e o terror aqui é na pegada slasher, gênero de filme em que um assassino psicopata sai matando geral – de preferência adolescentes patetas. A música está na trilha sonora de Friday the 13th Part VI: Jason Lives, uma das maiores franquias de terror slasher – dica: ouça a música e veja o filme.
4 – I Love the Dead
Este é o lado mais romântico de Cooper, em que ele expressa seu amor aos… Mortos! Sim, não é declaração de amor para a esposa, filhos ou netos, é para os mortos. Em parte da letra, o músico ainda diz que adora o lado frio dos mortos. Eita! Alice não brinca em serviço, não!
5 – Dead Babies
Aqui, a tia do rock fala sobre a morte acidental de uma criança que comeu um quilo de aspirina que pertencia à sua mãe. O descuido dos responsáveis com a criança a faz residir a sete palmos do chão. Pobre, Betty.
6 – Clones (We’re All)
O homem tem a péssima mania de querer brincar de fonte criadora – se preferir, Deus. Em Clones, o artista tira um sarro ao colocar a criatura contra o criador, ou seja, os clones contra os tontos que os criaram.
7 – Feed My Frankenstein
Como pouco deboche é bobagem, o alter ego de Vincent Damon Furnier resolveu tratar a história de Frankenstein com mais requintes de crueldade e psicopatia, já que o personagem está com muita fome e não quer comer pizza. Na verdade, ele quer te cozinhar em fogo brando e te comer por inteiro.
8 – Teenage Frankenstein
Neste som, Cooper aborda novamente o personagem Frankenstein, no entanto, agora, como um freak até boa praça, mas que sofre com a solidão, porque as pessoas têm medo e não querem tê-lo por perto. Força, Frank!