O cérebro e o coração do Iron Maiden sempre foi e sempre será o baixista Steve Harris, afinal, ele foi o criador da banda. Por ser o líder, as mais importantes decisões sobre o grupo passam pelos seus critérios. Quer um exemplo? O veredito de demitir o vocalista Paul Di’Anno partiu de Harris, visto que o cantor estava pisando na bola com o chefe e a empresa.
Mesmo com o poder de decisão na mão, Steve também foi confrontado pela dúvida ao longo de sua carreira, o que é perfeitamente normal. Em conversa com o MusicRadar, Steve Harris disse que hesitou um pouco para demitir Paul Di’Anno, pois ficou com medo de prejudicar o Iron Maiden.
“Se isso é verdade ou não, eu não sei, mas foi o que senti com ele”, disse o baixista sobre o estilo de vida festeiro de Di’Anno. “Acho que os cantores tendem a ser um pouco inseguros. Nem todos eles, mas muitos deles são, com isso, eles acabam disfarçando isso com bravatas”.
Harris continuou: “Estávamos em turnê e Paul estava resistindo a muitas delas. Ele estava chateado a metade do tempo porque o obrigávamos fazer coisas as quais ele não se sentia confortável, então, havia um pouco disso acontecendo”.
“Mas antes de demitir Paul, tive dúvidas quando a mudança aconteceria. E se depois de todo aquele trabalho duro que fizemos tudo viesse por água abaixo porque tivemos uma mudança de vocalista? A saída de Paul e a entrada de Bruce foi um momento bem excitante, no final das contas”.
Ao lado da Donzela de Ferro, Paul Di’Anno registrou dois álbuns de estúdio, Iron Maiden (1980) e Killers (1981). Depois de sua demissão da banda, o vocalista deu vida a grupos como Killers e Battlezone e a sua carreira solo.