Antes tarde do que nunca! Bem, esse é um ditado popular usado sem parcimônia no cotidiano, mas que recai como uma luva para a confirmação e estreia da banda sueca, Soilwork, em solo brasileiro. O debute fora na noite de ontem (9) na capital fluminense, quando o líder e ‘frontman’ Björn “Speed” Strid & CIA fizeram as estruturas do Teatro Odisseia estremecer com seu destruidor e soberbo death metal melódico.
Em divulgação de seu mais recente álbum de estúdio, The Ride Majestic, a banda despejou, em uma hora e meia de apresentação, alguns dos melhores momentos de sua carreira que chega aos admiráveis vinte anos de atividade. E sem a menor dubiedade, hesitação ou mesmo exagero que é fácil afirmar que essas duas décadas de experiência são responsáveis por benesses em suas apresentações e álbuns de estúdio, o que fora amplamente comprovado em sua apresentação.
The Ride Majestic é a escolha mais que acertada para cravar a bandeira do grupo em território nacional e dar uma prévia do poderio sonoro dos suecos. Nerve e The Crestfallen rememoram o porquê do álbum Stabbing the Drama ser um dos mais cortejados pelos fãs, assim como Chainheart Machine recapitula a proeminência da banda no começo de carreira.
O estereótipo onde se afirma, de maneira equívoca e irresponsável, que o povo escandinavo é frio e pouco – ou nunca – aberto a demonstrar suas emoção e simpatia caiu por terra com a postura solicita, alegre e simpática de todos os músicos, o que só colaborou para que a noite tomasse ares de celebração e festa.
E por falar em características interpessoais, seria um descuido e negligência não citar de uma forma especial à presença de palco e a interação do baixista Markus Wibom e a técnica apurada dos guitarristas Sylvain Coudret e David Andersson – completa a banda Sven Karlsson (Teclado) e Bastian Thusgaard (Bateria).
Overload é por natureza um convite às rodas de mosh, assim como Momentary Bliss é uma convocação aos fãs cantarem o grudento refrão da maneira mais alta possível, e fora, exatamente, de tais formas que as canções foram recebidas pelo público carioca. Follow the Hollow é um dos alicerces do death metal melódico, e por sua fundamental importância na fundação de um novo subgênero musical, a canção recebe tratamento de realeza pelos fãs.
Stabbing the Drama é a canção que coloca ponto final na apresentação dos suecos na capital fluminense, consagrando que o Soilwork tem assento cativo à mesa dos cariocas e que a contagem regressiva para uma próxima apresentação já começou desde ontem quando do último acorde da noite.