O ex-baterista do Slipknot, Joey Jordison, que estampa a capa da Metal Hammer deste mês, falou pela primeira vez diretamente sobre a sua demissão da banda. Segundo o baterista, a maneira com a qual o Slipknot lidou com a sua saída foi covardia.
Joey Jordison revelou na semana passada que sofre de mielite transversa, uma doença neurológica degenerativa. Ao final da sua carreira com a banda, o baterista teve que ser carregado ao palco pois a doença havia atingido suas pernas.
Na entrevista, Jordison diz que sua demissão do Slipknot aconteceu porque a banda achava que seu estado de saúde era decorrência do abuso de álcool:
“Sem reunião de banda? Nenhuma. Algo da gerência? Não, nada. Tudo que eu recebi foi um estúpido e-mail, dizendo que eu estava fora da banda que eu havia dado tudo para criar. Foi exatamente assim que aconteceu e foi doído. Eu não mereci aquela merda depois de tudo que eu fiz e tudo pelo que passei.”
Ele continua: “Eles ficaram confusos com a minha situação de saúde e obviamente nem eu sabia o que era no começo. Eles achavam que eu estava doido de drogas, mas eu não estava nem um pouco.
Eu passei por tantas coisas com esses caras e eu os amo muito. O que machucou foi o jeito que as coisas aconteceram, o que não foi certo. É só isso que eu queria dizer. O jeito que eles fizeram foi covarde.”
Na mesma entrevista, no entanto, Jordison diz que se a chance se apresentasse ele gostaria de se reunir com seus antigos colegas:
“Honestamente, eu não estou sendo dramático mas se fosse considerado, o que eu gostaria é que nos reuníssemos. Eu gostaria de vê-los, abraça-los e sentir aquela energia que tínhamos quando eramos jovens e tudo aquilo. Eles são meus irmãos. Nós nos abraçaríamos e faríamos tudo que costumávamos fazer. Nós costumávamos ficar acordados a noite toda planejando coisas que queríamos fazer. É assim que eu gostaria. Mas teria que ser pessoalmente. Se acontecesse seria incrível, mas só o tempo dirá”.