Steve Harris nunca escondeu seu apreço pelo rock progressivo; na verdade, o líder e baixista do Iron Maiden sempre fez questão de mostrar o carinho e admiração que tem por bandas como Jethro Tull, Emerson, Lake & Palmer, Genesis, King Crimson e Yes.
Logo, incorporar elementos destes grupos, e de tantos outros, seria algo mais do que provável e normal na arte criada por Steve. Em 1988, por exemplo, a Donzela de Ferro deu vida ao álbum Seventh Son Of A Seventh Son; obra que a maioria dos fãs assumem como progressiva.
Harris, no entanto, conversou com a revista Prog e garantiu que Seventh Son Of A Seventh Son não é deliberadamente um álbum progressivo.
“Era mais uma questão de tecnologia do que tentar ser uma banda progressiva. Começamos a usar sintetizadores de guitarra em Somewhere In Time [sexto álbum de estúdio do Iron lançado em setembro de 1986] e todos nós nos cansamos de ter que voltar correndo para apertar um botão ou um pedal.
Então decidimos que no próximo álbum continuaríamos com esses sons, mas usando teclados. E foi isso! Nós não sentamos e resolvemos escrever um álbum progressivo.
Para mim, a influência progressiva é mais óbvia em sons como Blood Brothers [faixa do álbum Brave New World de 2000]. Eu acho que nesse caso você pode realmente ouvir uma influência de Jethro Tull”.