“Sepultura não fica preso no passado como Max Cavalera está até hoje”, diz Andreas Kisser

A formação clássica do Sepultura se desfez em 1996, portanto, são quase trinta anos sem o cantor Max Cavalera no front da banda. Se Andreas Kisser (guitarra) e Paulo Xisto Jr. (baixo) tomassem o papel de vítimas e reclamões sobre os perrengues passados, a banda teria encerrado as atividades há anos.

Para a nossa sorte, a dupla, desde então, vem preferindo caminhar por caminhos opostos, pois se mantém com o foco em seu momento presente e passa longe de querer revisitar as glórias do passado em regravações de discos clássicos.

Em conversa com as jornalistas Dora Guerra e Juliene Moretti, do G1, Andreas Kisser afirmou com todas as letras que o Sepultura presa pela liberdade e não fica preso no passado como o Max Cavalera está até hoje.

É importante explicar que o ex-frontman da banda regravou e relançou recentemente a trinca Bestial Devastation (1985), Morbid Visions (1986) e Schizophrenia (1987). Tal passo agradou uma parte dos fãs, mas deixou a outra parcela com aquele pensamento de ser um material caça-níquel.

“A identidade do Sepultura é a liberdade, é viver o presente, não ficar preso no passado como o próprio Max está até hoje, regravando o Roots”, destacou o guitarrista. “Um cara que fala que é super criativo, repetindo o que já foi feito há 30 anos”, pontuou. “O Sepultura é essa capacidade de mexer com o presente”, finalizou em tom enfático.

Os álbuns de inéditas Machine Messiah (2017) e Quadra (2020), por exemplo, provam que a banda não vive em cima de glórias antigas e que tem muito mojo criativo para dar vida a sons como Means to an End, Guardians of Earth e Isolation.

2 comentários em ““Sepultura não fica preso no passado como Max Cavalera está até hoje”, diz Andreas Kisser”

  1. O Sepultura é tão preso ao passado quanto o Max, ou mais. É só olhar os setlists dos shows do Sepultura, onde a maioria das músicas são da era Max. Os próprios fãs entusiastas da era Derrick reclamam desses setlists viúva de Max. Se o Sepultura não estivesse preso ao passado, tocaria um setlist proporcional à discografia da banda, com mais músicas da era Derrick.

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