Celebração! Este é o sentimento da turnê de despedida do Sepultura dos palcos. E sua última passagem por Brasília foi insana e épica. O clima de nostalgia só deixou a festa ainda mais especial no maior festival de motos e rock da América Latina. Massacration, Medjay e Mofo completaram a noite no palco principal.
Depois de 40 anos de carreira, o Sepultura decidiu encerrar suas atividades e, desde então, está fazendo uma longa turnê de despedida, que passou ontem, 21, pela Cidade da Moto.
“Foi uma grata surpresa sermos convidados para fazer esse festival fantástico, Capital Moto Week”, disse o guitarrista, Andreas Kisser.
Lotada, a arena estava em êxtase com os riffs e solos pesados de Kisser, com o baixo marcante de Paulo Xisto e com a voz visceral de Derrick Green. Greyson Nekrutman, novo baterista da banda, também foi ovacionado pela plateia e pelos seus companheiros.
“Tem um cara muito bom na nossa bateria que está fazendo um trabalho fantástico”, reverenciou Kisser.
Em todos os cantos da arena, os fãs estavam pulando, ‘bangeando’ sem parar e fazendo as rodas de mosh. Eles abriram a apresentação com Refuse/Resist, clássico do álbum Chaos A.D. O repertório incluiu canções de todas as fases da banda: dos primeiros discos lá da década de 80 até Quadra, de 2020.
Porradas como Territory e Biotech Is Godzilla marcaram presença, assim como a instrumental Kaiowas, que foi tocada com dois convidados na percussão.
O grupo ainda tirou da cartola sons como Arise, Choke, Convicted in Life, Kairos, Means to an End e Agony of Defeat.
A festa metálica encerrou com Ratamahatta e Roots Bloody Roots, canções do clássico Roots, de 1996.
Com total certeza, o último domingo ficará gravado na memória dos fãs que prestigiaram o evento e participaram da celebração dos 40 anos de Sepultura, que é um patrimônio da música brasileira.