O cabo de guerra entre as bandas e as gravadoras são mais do que conhecidos no mundo da música. É muito raro um selo deixar o artista criar música de forma livre e ficar passivo, no modo espera, para só fazer a promoção do produto. Como tem muita grana envolvida na história, o que não falta são os “entendidos” querendo meter o bedelho.
Trocando uma ideia com o comunicador Rogério Vilela, do mega canal Inteligência Ltda, o líder e guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, lembrou que teve embate com a gravadora [Roadrunner Records] na época do álbum Arise, uma vez que a empresa queria mexer no som da banda.
Andreas recordou: “Fazer o que a gente queria e não o que a indústria musical queria foi a coisa que fez o Sepultura. Isso sempre foi muito importante para a gente. No momento em que a gente assinou com a gravadora, o pessoal queria mexer aqui e ali, e tivemos que impor a nossa vontade artística.
Explicamos que eles tinham assinado com a gente por que gostavam do que nós fazíamos e perguntamos o porquê deles quererem mudar o som.
Kisser continuou: “Isso aconteceu em Arise, inclusive, quando tivemos esse embate com o ANR da gravadora, que também representava a banda. Ele queria ir lá no estúdio para mexer em coisas que não era para ele fazer”.
O guitarrista finalizou: “Já tinha um produtor musical e a banda já tinha ideia do que queria fazer, então, a gente sempre batalhou por isso: fazer o que a gente queria, no sentido do que a gente acreditava, e foi o que deu a característica original para a banda”.
Nota: ANR é a sigla para Artists and Repertoire, que é a pessoa da gravadora responsável por achar novos e promissores artistas e bandas.