Há quem abrace de corpo e alma os avanços tecnológicos e há quem tenha verdadeira ojeriza aos gizmos eletrônicos que pipocam nos quatro cantos do globo, diariamente. Tal premissa também é aplicada aos grupos de rock e metal: tem a turma que lida super bem e tem a galera que quer o máximo de distância possível.
A banda brasileira de thrash metal, Sepultura, por exemplo, nunca teve receio de incorporar as novas realidades tecnológicas em seu cotidiano. O líder e guitarrista do conjunto, Andreas Kisser, conversou com a revista australiana Heavy e afirmou com todas as letras que é estúpido ignorar as mudanças tecnológicas.
“Eu acho que a gente absorve tudo”, afirmou Kisser. “É muito estúpido ignorar as mudanças tecnológicas. O Sepultura está na ativa há 40 anos vivendo todas as mudanças: do vinil para o CD, do CD para o download, computadores, celulares, Spotify, Napster e tudo mais que aconteceu nesses últimos 40 anos”, explicou.
“Tudo aconteceu rápido, há muita coisa acontecendo; na verdade, estamos no meio de uma transição”, ressaltou o músico. “Muitas formas de vender e divulgar álbuns surgiram nos últimos tempos”, pontuou.
“Com a pandemia de Covid e o lockdown, nós aprendemos a viver o hoje, o presente, lidar com os elementos que temos em mãos no agora”, garantiu. “De novo, é muito estúpido se bloquear ao novo e não tentar trabalhar com o cenário atual”, completou.
O Sepultura, que é formado atualmente por Andreas Kisser (guitarra), Derrick Green (vocal), Paulo Xisto Pinto Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria), está nos preparativos para as atividades em comemoração aos 40 anos de carreira.
A banda planeja soltar um álbum ao vivo e fazer algumas apresentações especiais. Mais detalhes sobre a celebração as quatro décadas serão revelados em breve.