Sepultura: “Depois que apareceu essa direita extrema, muita gente saiu do armário”, reflete Andreas Kisser

Nos últimos anos, a polarização política do Brasil tem sido a tônica das relações entre muitas pessoas, o que é algo lamentável. Muitos amigos e familiares cortaram relações por conta de motivações políticas. A coisa fica ainda mais triste porque não há nenhuma previsão de arrefecer o clima de guerra.

E é claro que esta polarização vem respingando na cena rock n’ roll, com vários artistas e bandas sofrendo boicotes dos diferentes espectros políticos. O Roger Waters, ex-mente criativa do Pink Floyd, por exemplo, vem sendo alvo da extrema-direita há anos, devido seu posicionamento nas questões sociais, econômicas e políticas.

Trocando uma ideia com as jornalistas Dora Guerra e Juliene Moretti, do portal de notícias G1, o líder do Sepultura, Andreas Kisser, refletiu sobre polarização política no Brasil. O músico ainda falou que, com essa direita extrema, muita gente saiu do armário.

“Há alguns anos, a gente não falava dessa divisão! Depois que apareceu essa direita extrema, muita gente saiu do armário. O Brasil sempre foi muito conservador nesse aspecto, mas todo mundo ficava fazendo suas piadinhas racistas, xenofóbicas e homofóbicas em casa”.

Kisser arrematou: “Aí, chega um cara, que é Presidente, e acha que tudo isso é normal, e estimula isso, vai todo mundo para rua falando isso e sendo esse tipo escroto de pessoa. A galera está mais pentelha e chata. Essa gente fica em casa tuitando e sem fazer nada. Não participa da sociedade”.

Eis o bate-papo na íntegra logo abaixo:

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