Sem dó e piedade: 7 resenhas que massacraram álbuns clássicos

A história do jornalismo musical está coalhada de críticas pesadas e ácidas a álbuns considerados clássicos. Gosto é algo subjetivo, ou seja, é algo baseado na interpretação individual e irrompe do íntimo de cada indivíduo; além disso, pode variar com a mais ínfima mudança de humor e ânimo, então, é possível que um comunicador acorde com o pé esquerdo e coloque toda sua frustração momentânea na resenha de um álbum, por exemplo.

Com isso, alguns discos foram massacrados sem um pingo de dó e piedade por veículos conceituados como revista Rolling Stone, Melody Maker, Sounds e Metal Hammer, contudo se defenderam com o melhor argumento: Música boa.

Nas linhas abaixo, você poderá relembrar algumas resenhas que trucidaram álbuns que galgariam, tempos depois, a posição de clássico – via Classic Rock.

Led Zeppelin – Led Zeppelin (1969)

Depois de começar comparando as futuras lendas do rock Led Zeppelin desfavoravelmente com o Jeff Beck Group, o jornalista John Mendelsohn, da revista Rolling Stone, apesar de admitir que Jimmy Page era um “guitarrista de blues extraordinariamente proficiente”, o crítico afirmou que o músico era “um produtor muito limitado e um compositor de canções fracas e sem imaginação”, além disso, arrematou sua resenha declarando que “o álbum do Zeppelin sofre por ter Page como principal compositor”.

Black Sabbath – Black Sabbath (1970)

A Rolling Stone também foi implacável com o álbum que deu origem ao heavy metal! O famoso crítico musical Lester Bangs rotulou os integrantes do grupo como “músicos não qualificados”; já o disco, Bangs proclamou que era uma obra com “letras vazias e repleta de ideias clichês usadas e abusadas pelo Cream”.

Pink Floyd – Wish You Were Here (1975)

Wish You Were Here é um disco menos pomposo e megalomaníaco que seu sucessor, o icônico The Dark Side Of The Moon (1973), o que pode ter causado a repulsa da revista Melody Maker, que taxou o trabalho como “pouco convincente e com grave carência de criatividade em todos os departamentos”.

AC/DC – High Voltage (1976)

A Rolling Stone também pegou no pé do AC/DC ao disparar que o “hard rock chegou, sem dúvida, ao seu ponto mais baixo de todos os tempos com o trabalho grosseiro de Angus Young e companhia”. A revista ainda completou afirmando que o “público deveria ficar preocupado com o futuro do estilo” por conta de High Voltage.

Queen – Jazz (1978)

O jornalista da Rolling Stone, Dave Marsh, proferiu que o sétimo álbum de estúdio do Queen era um trabalho “sem imaginação” e que soava “como o mesmo pastiche enfadonho de todos os discos da banda”. Dave ainda teve a pachorra de dizer que We Will Rock You não iria vingar e que o grupo era o primeiro conjunto de rock verdadeiramente fascista e com ideias poluidoras.

Iron Maiden – Killers (1981)

Killers pode não ser o álbum mais icônico do Iron Maiden, mas classifica-lo como um disco de “qualidade duvidosa” e cheio de “linhas de guitarra desleixadas” é um exagero. A Sounds era conhecida por duas expressões: Build-em-up, que era usada no sentido de aprovação, e Knock-em-down que significava reprovação. Killers foi evidentemente desaprovado pelo veículo.

Guns N’ Roses – Appetite For Destruction (1987)

Até Appetite For Destruction teve seus haters! O crítico da Metal Hammer, Dave Ling, taxou o disco como “extremamente previsível e terrivelmente superestimado”. Ainda bem que Ling estava enganado, pois o álbum é uma das maiores obras musicais do século XX.

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