Em 1996, o Skid Row e o seu icônico vocalista, Sebastian Bach, resolveram tomar caminhos diferentes. Basicamente, a separação fora pelos famosos desgastes do dia a dia em uma banda de rock n’ roll.
Desde então, o grupo vinha equilibrando a carreira entre momentos mais tranquilos e passagens mais desafiadoras, as quais o calcanhar de Aquiles invariavelmente residia no importante setor vocal. Para você ter uma ideia do quão dramática a coisa ficou, depois da saída de Bach, os caras já viram passar cinco cantores pelo conjunto.
Os norte-americanos acertaram na mosca ao trazer para sua linha de frente o sueco Erik Grönwall (ex-HEAT); cantor de gogó privilegiado e que esbanja carisma, presença e domínio de palco e público, ou seja, Erik é um achado e tanto ao grupo, que tem feito shows com muita energia e vigor, atualmente.
Já Bach, a partir de sua saída do Skid Row, mergulhou, pois, fundo em sua carreira solo, que reserva aos ouvintes momentos bacanas. Nada tão genial como outrora, mas digno de seu legado à música pesada.
Ao vivo, como é de esperar, a idade e a vida à la rockstar do passado têm cobrado um preço alto, logo, suas performances não passam de regulares, com muita dificuldade para cantar os clássicos de sua carreira.
Tião sofre do mesmo problema do CEO do Guns N’ Roses, Axl Roses, que não cuidou da voz e hoje colhe os frutos amargos de tal semeadura.
Recentemente, Sebastian comentou, durante uma entrevista a uma rádio dos Estados Unidos, que não há nenhuma razão para que o Skid Row original não possa se reunir. Bem, por mais que os fãs saudosistas e tietes do cantor peçam isto para o papai do céu todos os dias, seria um tiro no pé, pois todo o belo trabalho ao lado de Grönwall iria para o ralo, viraria cinza de uma hora para a outra.
É claro como qualquer peça de cristal que o Skid Row, com a essencial ajuda de Erik, está em sua melhor fase em mais de vinte anos. Antes da chegada do jovem sueco, a banda vinha se arrastando pelo limbo do mercado fonográfico.
Então, ter esta segunda chance de ouro, de ressignificar a carreira no segundo tempo da partida, é algo raro, portanto, se aventurar em uma reunião com Sebastian, que é um cara intempestivo e volátil à direção em que o vento sopra, se mostra um risco desnecessário.
Dessa forma, se o Skid Row voltar a trabalhar com Sebastian Bach será um grande retrocesso na sua carreira. Bem, que o grupo possa lançar bons álbuns com Erik Grönwall e que Bach tenha mais êxito em sua empreitada solo – sucesso para os dois lados da cerca.