Quando David Lee Roth deixou a banda Van Halen, em 1985, ninguém sabia se o grupo sobreviveria. O ‘bon vivant’ era a cara da antiga banda, e quando os caricatos vídeos de “California Girls” e “Just a Gigolo/I Ain’t Got Nobody” tocaram à exaustão na MTV (EUA), o vocalista viu sua carreira solo decolar.
Mas, ao mesmo tempo, o ex-Montrose, Sammy Hagar, estava tendo também seu momento de sucesso com “I Can’t Drive 55”. A última coisa na cabeça de Hagar era se juntar à banda, no entanto, ao encontrar com os irmãos Van Halen, o vocalista não pôde resistir ao convite.
A nova encarnação do Van Halen lançou o álbum, “5150”, no dia 24 de março de 1986, e, instantaneamente, se tornou um dos maiores exemplos do impossível: substituir o cantor original e continuar tendo sucesso avassalador.
Em conversa com a revista Rolling Stone (EUA), Sammy Hagar comenta o 30º aniversário do álbum e como foi ter um álbum número um nas paradas de sucesso.
Essa semana marca o 30º aniversário de “5150”. Qual a sensação?
Sammy Hagar: Que viagem, cara. Inacreditável! Eu acabei de sair da cama, e que coisa para acordar. Eu preciso de um café para essa. Wow!
Ver o álbum atingir o número um nas paradas de sucesso deve ter sido vindicação.
Sammy: Sim, foi a comprovação! Foi o primeiro álbum, para todos nós, que atingiu o posto de número um, e ficou lá por cinco semanas. A coisa mais louca foi que levou três semanas para chegar ao número um. Era muito mais difícil na época, antes de Soundscan. Na época, não era só vender, você tinha que crescer e crescer. Eu acho que a gente vendeu um milhão de cópias em uma semana, mas não contavam assim as posições nas paradas de sucesso, era um sistema meio estranho.
Foi muito significativo ter um disco nosso no primeiro lugar. Eu lembro que a gente estava tomando champanhe em Atlanta, no Ritz Carlton. Nosso empresário nos contou a notícia e abrimos a garrafa as duas da tarde, o que não era muito meu estilo, mas acredito que a gente tenha feito um ótimo show naquela noite, eu não me lembro muito bem.