Salvadora da pátria: 10 álbuns de thrash metal terríveis com apenas uma música boa

O thrash tem sido um dos principais movimentos do mundo do metal; o subgênero mais responsável pelo crescimento do extremo e da técnica na música pesada desde o período de sua glória nos anos 80, e é incrível ver o quanto ele resistiu ao longo dos anos. Porém, nem tudo é bom e flores.

Por ter um conjunto bastante rígido de limites sonoros, torna a inovação difícil e a repetição quase inevitável. Isso significa que há muitos álbuns medianos perambulando no estilo. Por outro lado, pelo fato de ser um gênero tão emocionante, sempre há um ou dois momentos de qualidade.

Dito isso, aqui estão 10 ocasiões em que uma canção fora a salvadora da pátria!

Metallica – Frantic (St. Anger, 2003)

Provavelmente você já ouviu todos os tipos de críticas e argumentos sobre o timbre de bateria de St. Anger. Então não faz sentido tentar acrescentar mais nada neste assunto! Portanto, vamos apenas dizer o seguinte: St. Anger não é um ótimo álbum. Tem algumas boas ideias que são sufocadas por repetição quase infinita. Além disso, deixando as letras duvidosas de lado, Frantic pode ser considerado um sucesso do Metallica.

Slayer – Stain Of Mind (Diabolus In Musica, 1998)

Diabolus In Musica é a única vez que o Slayer, talvez a mais pura banda de thrash metal, fez um álbum diferente. Até o próprio Kerry King falou em várias ocasiões sobre o quanto ele odeia o desvio para o nu metal no álbum de 1998. A única música que pareceu funcionar, no entanto, foi a ‘groovada’ Stain Of Mind; mesmo assim, está muito longe da potencialidade do Slayer.

Megadeth – Kingmaker (Super Collider, 2013)

Quatorze anos antes, com Risk, você pensaria que Dave Mustaine teria percebido que o Megadeth não é uma banda de rock glamorosa. Evidentemente não, já que ele voltou para aquele poço sem fundo com Super Collider, que é possivelmente o pior álbum da banda. A única música que soa interessante é Kingmaker; pelo menos tem um pouco da ferocidade clássica do Megadeth sem ser desajeitada.

Kreator – Phobia (Outcast, 1997)

A era experimental dos anos 90 do Kreator tem seus defensores ferrenhos e, para ser justo, Outcast está longe de ser o pior álbum dos alemães. Seu principal problema é que, para uma banda que cresceu fazendo um thrash raivoso, tem um foco industrial datado e super desajeitado. Felizmente, Phobia é um hino que envelheceu graciosamente bem e ainda persiste no repertório da banda.

Testament – Electric Crown (The Ritual, 1992)

Os próprios músicos do Testament admitem que estavam esgotados em 1992. A mudança no clima musical, com o grunge e o rock alternativo tirando o zeitgeist do metal, claramente desempenhou um papel para que The Ritual soasse confuso. O primeiro single do álbum, Electric Crown, é na verdade o único lampejo de genialidade no disco.

Exodus – Thorn In My Side (Force of Habit, 1992)

O fato de o Exodus não ter feito outro álbum por 12 anos após o lançamento de Force Of Habit, em 1992, dá uma ideia de como eles estavam pouco inspirados durante os anos 1990. A falta de ritmo, os vocais “melódicos” e o péssimo cover do Rolling Stones não ajudou o repertório do disco. A abertura, Thorn In My Side, todavia, é intrigante e tem um ótimo solo de Gary Holt.

Overkill – What I’m Missin’ (Bloodletting, 2000)

Aqui está outra banda clássica de thrash se tornando vítimas dos anos do nu metal. Depois que os guitarristas Joe Comeau e Sebastien Marino saíram, o Overkill decidiu tentar fazer um álbum com um som mais contemporâneo, com resultados mistos. Infelizmente, não é a paisagem sonora certa para uma banda originalmente enraizada na adrenalina dos anos 80. What I’m Missin é a única canção que vale a audição.

Annihilator – Human Remains (Remains, 1997)

Remains é um dos álbuns mais bizarros e desastrosos já feitos por uma banda de thrash. Ouvir o Annihilator tentar se tornar grunge, groove e industrial de uma só vez é provável que lhe dê uma enxaqueca danada, caso queira se aventurar pelo trabalho. Human Remains, no entanto, tem um ótimo riff e chega perto do objetivo da banda de tentar soar como o Ministry.

Destruction – Brother Of Cain (The Least Successful Human Cannonball, 1998)

O Destruction merece totalmente seu lugar no Big Four alemão! Mas The Least Successful Human Cannonball não advoga a favor do grupo, já que é uma tragédia musical do início ao fim. Com muita boa vontade, Brother Of Cain é o único momento do disco em que é possível ouvi-lo sem ter a vontade de quebrar o CD ou vinil.

Tankard – Queen Of Hearts (Disco Destroyer, 1998)

O ano de 1998 foi terrível para o thrash metal! O Tankard também colocou na praça um material desleixado e bem menos intenso do que estamos acostumados. Nem na companhia de muita cerveja Disco Destroyer consegue soar agradável aos ouvidos. Queen Of Hearts salva a pátria, pois lança mão de velocidade e intensidade.

4 comentários em “Salvadora da pátria: 10 álbuns de thrash metal terríveis com apenas uma música boa”

  1. The Ritual do Testament tem 2 excelentes músicas: Electric Crown que foi citada e Return to Serenity, uma das mais belas baladas thrash metal já feitas.

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  2. Não concordo com esse tipo de matéria. Primeiro porque isso é a opinião de quem escreve e não uma verdade absoluta como sugere o título da matéria.
    E pra não citar álbum por álbum que foram comentados, falamos do Metallica por exemplo. Na minha opinião a maior banda de METAL do mundo. O st anger não é um disco de trash metal e sim um new metal.
    Por isso não concordo com a matéria.
    Mas é só a minha opinião. Com todo o respeito a quem a escreveu.

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  3. Sacanagem pô, Diabolus In Música tem excelentes músicas, só tem que ser ouvido com mais carinho kkk ignorando a opinião alheia.
    Assim como Cristi illusion é um excelente álbum é e pouco comentado.

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