Em entrevista para o podcast de Joe Rogan, Roger Waters, um dos fundadores do Pink Floyd, sanou as dúvidas dos fãs sobre a sincronia que existe o disco Dark Side of the Moon (1973) e o clássico do cinema O Mágico de Oz (1939), estrelado por Judy Garland.
Quando questionado se era coincidência ou não, Waters explicou:
“Besteira. Claro que é! Quero dizer, pode não ser – pode [funcionar] se você fizer o que eles dizem [sincronizar], mas não tem nada a ver conosco. [Com] nenhum de nós. Não tem nada a ver com ninguém do Pink Floyd ou qualquer pessoa que gravou o álbum ou alguma música. É algo que alguém pensa — é uma coincidência. Talvez seja uma coincidência cósmica”.
A “lenda urbana” surgiu quando um DJ de uma rádio norte-americana teria dormido ouvindo o disco e assistindo à versão de 1939 de O Mágico de Oz, e, ao acordar, teria percebido que as músicas sincronizavam com as imagens do filme. A história ganhou a grande mídia em meados da década de 90.
Sobre Dark Side of the Moon
Gravado entre 1972 e 1973 no Abbey Road Studios, em Londres, o disco de nove músicas narra a trajetória do homem em sua vida moderna – o nascimento, a falta de tempo, a ganância e a derradeira loucura – por meio de canções como “Money”, “Time”, “Us and Them” e “The Great Gig in the Sky”, esta última com o vocal de Clare Torry.
Na época da gravação, Dark Side of the Moon incorporou as mais avançadas técnicas de estúdio. Lendas dão conta de que os integrantes do Pink Floyd encomendaram novos instrumentos para alguns fabricantes, alegando que o que estava no mercado era obsoleto. Mesmo assim, todos os músicos da banda tiveram de operar, ao mesmo tempo, sintetizadores e aparelhos de mixagem de fitas para conseguir um som quadro-fônico (capturado por quatro canais independentes, alternativa aos sistemas mono e estéreo).
O disco ficou apenas uma semana em primeiro lugar na parada estadunidense, mas detém o feito de ter-se mantido 741 semanas consecutivas – mais de 14 anos – em alguma das posições da parada musical que compila os 200 mais bem colocados. Uma estimativa divulgada em 2004 afirma que o álbum já vendeu mais de 40 milhões de cópias, 400 mil somente em 2002.
Fonte: Rolling Stone Brasil