Rock n’ Roll e Heavy Metal: 7 músicos que foram negligentes e envelheceram mal

Sem dúvida, o bem mais precioso de uma pessoa é a sua vida! Isso é fato e não é passível de contestação, tampouco dissensão. Consequentemente, a manutenção de uma boa saúde vem amparando qualquer tipo de apreço e respeito à vida, sendo assim, as duas andam juntas, unidas intrinsecamente, firmando assim uma valiosa e entrelaçada relação.

Abordar esse tema num artigo voltado à música, em específico dirigido aos universos do rock n’ roll e heavy metal, não é algo tão comum e usual, mas necessário, pois as bandas são, evidentemente, formadas por pessoas, que em muitos casos não apresentam um cuidado, zelo e amor por seu bem mais valioso.

Seja com os célebres e catastróficos abusos de drogas e bebidas; ou mesmo com uma dieta pautada por alimentos prejudiciais ao bom funcionamento do corpo e até a composição de insanas agendas de shows, onde o foco é cobrir maior número de lugares ao redor do globo e, claro, angariar mais e mais dinheiro, mesmo que isso custe um preço salgado e a fatura venha na forma de inúmeras enfermidades, a lista de músicos que foram negligentes com a saúde é de perder de vista. E, à vista disso, envelheceram mal e a prova está evidente a todos.

Cabe uma ponderação, já que a ideia não é apontar dedos, muito menos condenar as pessoas por tomarem essa ou aquela direção em sua vida. O livre arbítrio é válido a todos. A nossa pretensão é apenas jogar luz em alguns casos de inegável descuido com a vida e saúde e suas amargas consequências.

Paul Di’Anno – ex-Iron Maiden

Di’Anno, 64 anos, já foi o frontman de uma das principais bandas de metal do mundo, porém, devido a incontáveis comportamentos erráticos e abusos de substâncias ilícitas, Paul precisou passar no setor de recurso humanos mais cedo do que se podia imaginar e, claro, deixar a Donzela de Ferro.

Desde então, o desmazelo com sua saúde e carreira foi a tônica de sua existência. Osteoporose, sepse, abcesso, MRSA e problemas no joelho são alguns dos desafios enfrentados pelo cantor, ao longo dos últimos anos.

Por não ter a renda de direito autoral dos primeiros dois álbuns da Donzela: Iron Maiden (1980) e Killers (1981), Paul Di’Anno enfrenta dificuldades financeiras e depende da renda das apresentações que eventualmente realiza e do sucesso de campanhas organizadas pelos fãs para angariar alguma renda.

Phil Collins – Genesis

Phil, 72 anos, sempre foi um gênio musical! Baterista virtuoso, compositor incrivelmente habilidoso e criativo, cantor impecável e um showman de carisma ímpar. Mas o custo de anos e anos no palco tem deixado Collins com a saúde fragilizada. Cirurgia em vértebra deslocada e pancreatite são alguns dos desafios que já batera à porta de Phil.

As mazelas do cantor também se acentuaram com o passar do tempo por conta do alcoolismo, doença revelada em sua autobiografia, Not Dead Yet (Ainda não Morri, em tradução livre), e que quase o matou. Debilitado, aposentado dos palcos e com os pés no chão, o gênio musical atualmente tenta readquirir uma qualidade de vida melhor, ficando longe da bebida e cuidando de sua saúde.

Ozzy Osbourne – Black Sabbath

O Madman, 74 anos, é um milagre ambulante! Ozzy, infelizmente, foi seu maior e mais cruel e impiedoso algoz. Os infinitos e diversificados abusos perpetrados pelo vocalista ao longo dos últimos cinquenta anos seriam fatais a qualquer outra pessoa. Tudo bem! Devemos sempre ver pela perspectiva do copo meio cheio: O Príncipe das Trevas vingou, no entanto, a sua saúde ficou bem avariada.

Fisicamente fraco, problemas no pescoço e coluna, Parkinson, entre outras atribulações, o cantor foi compulsoriamente aposentado neste ano. A saída de cena de Ozzy foi um duro golpe para os fãs e, principalmente, para o próprio vocalista. Menos abusos poderiam assegurar o prolongamento de sua carreira, o que seria maravilhoso.

Lemmy Kilmister – Motörhead 

Ian Fraser Kilmister, mas para os íntimos Lemmy, foi a representação do estereótipo de vida de um roqueiro, onde o lema Born to Lose, Live to Win (Nascido para perder, vivo para vencer – em tradução livre) era levado ao pé da letra e regado com o combo diabólico de Coca-cola e Jack Daniels. Indispensável ao rock e metal, o líder do Motörhead nos deixou prematuramente em dezembro de 2015, aos 70 anos, vítima de uma câncer de próstata e insuficiência cardíaca.

Os excessos sempre nortearam a vida e carreira de Lemmy, desde sua passagem no Hawkwind, no começo da década de 1970, por conseguinte, doenças como a diabetes despontaram logo na vida do músico. Com pouca atenção aos alertas dado pelo corpo e saúde, Kilmister desafiou os limites e pagou um preço alto. Talvez com um pé no freio e uns cuidados básicos, Lemmy ainda poderia nos felicitar com a extraordinária frase: “Nós somos o Motörhead e tocamos rock n’ roll”.

Axl Rose – Guns N’ Roses 

O CEO do GNR, Axl Rose, é uma figura que vem exercendo enorme fascínio e magnetismo no público ao longo das últimas décadas. Mesmo com as novas gerações, que não presenciaram o ápice do vocalista no final de década de 1980 e começo de 1990, conservam um inexplicável deslumbramento e encanto pelo músico.

O cantor, no alto de seus 61 anos, faz o possível para entregar uma performance cativante e tecnicamente apurada, no entanto, o tempo é implacável e os anos de excessos de outrora cobram um preço alto hoje em dia, e a performance de Axl atualmente não passa, infelizmente, do razoável. Rose deveria ter planejado melhor a longevidade de sua carreira e cuidado melhor de sua saúde e instrumento de trabalho ao longos dos anos.

Ian Anderson – Jethro Tull

A presença do único e inigualável Ian Anderson sempre trouxe um caráter elegante e sofisticado ao rock n’ roll. A flauta tocada pelo músico ampliou as oportunidades e territórios de atuação do Jethro Tull, flertando, muitas das vezes, com a música erudita. Ouça, por exemplo, a versão da banda para a incrível Bourée, de Johann Sebastian Bach.

Ao contrário de sua sagacidade musical, Anderson não foi astuto o suficiente em perceber que o fumo o colocaria numa cilada de difícil e ou impossível solução. O fruto de tal abuso são graves problemas de pulmão que o dificulta a tocar seu instrumento.

O fôlego para cantar também fora abalado pelo tabagismo, e as atuais performances não passam de uma reprodução mal-ajambrada de outrora. Lamentável para um músico de tamanho calibre e importância para música moderna.

Dave Mustaine – Megadeth

Já diria o popular meme: Tava ruim, mas parece que piorou! O frontman do Megadeth, 61 anos, que nunca foi um exímio cantor, foi outro a abusar da sorte ao se enveredar pelas ruelas sombrias e trevosas do vício em bebidas e drogas, com isso chegou à terceira idade com sérios problemas de saúde, um deles fora o câncer na garganta, diagnosticado em 2019.

O músico também precisou lidar com doença degenerativa e artrite ao longo da vida. Ok! São doenças que podem acometer qualquer pessoa, porém a questão escala a um nível de complexidade colossal quando o paciente ofendeu o próprio corpo com substâncias inomináveis. Hoje em dia, Dave tenta correr atrás do prejuízo com uma vida regrada e atividades físicas.

4 comentários em “Rock n’ Roll e Heavy Metal: 7 músicos que foram negligentes e envelheceram mal”

  1. Tem gente com 60 anos, curvado que mal levanta as pernas. A algum tempo atrás as pessoas morriam com essa idade. Os caras sobem no palco e dançam e pulam, sem contar que as cordas vocais, ao contrário das guitarras e baixos, não podem ser trocadas quando quebram ou envelhecem. Long live Rock ‘n’ Roll.

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  2. Então…não estamos falando de “coristas de igrejas”. Pete Townshend dizia que esperava morrer antes de envelhecer. Era a ideia. Esses caras (só concordo no caso de Axl e Mustaine) passaram pelos anos 60/70 onde a política sobre excessos não era tão exata no rock. No caso do Lemmy, pior ainda, já que ele foi ‘dealer’ de ninguém menos que Hendrix. Eles não envelheceram mal…apenas envelheceram. Meu pai sempre foi um cara que não bebia e nunca usou drogas. Sempre quis ser o “coroa gostosão” mas desde seus 60, vem com caso de Alzheimer que beira a Demência. Ele, segundo a matéria, teria envelhecido mal.
    Não sei a sua idade, vc que fez a matéria…mas envelhecer é uma merda. Eu com quase 50, tendo uma vida sem excessos, pago pra uma merda de diabetes!!!! Pete está certo…

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