No último domingo (15), o Palco Supernova do Rock in Rio 2024 foi cenário de espetáculos marcantes e cheios de energia. O headliner da noite foi a lendária banda de hardcore capixaba Dead Fish, que encerrou o dia com uma apresentação vigorosa. Rodrigo Lima (vocal), Ric Mastria (guitarra), Marcos Melloni (bateria) e Igor Tsurumaki (baixo) agitaram a multidão com hits como A Urgência, Afasia e Sonho Médio, e o público respondeu com a tradicional roda punk. Rodrigo finalizou o show com uma mensagem de conscientização, defendendo a Palestina livre e criticando o agronegócio brasileiro.
O dia começou com a banda paulistana The Mönic, que, ao lado do grupo Eskröta, fez o público vibrar. Ale Labelle (guitarra e voz), Dani Buarque (guitarra e voz), Joan Bedin (baixo e voz) e Thiago Coiote (bateria e voz) abriram o set com Sabotagem.
“A gente é uma banda underground e esperamos muito para estar aqui. Hoje, uma das nossas missões é fazer vocês acordarem amanhã muito doloridinhos”, brincou a vocalista Dani, que se jogou na galera.
Logo depois, o Eskröta, com Ya Amaral (vocal e guitarra), Tamy Leopoldo (baixo) e Jhon França (bateria), trouxe a energia do thrash metal com as faixas Eticamente Questionável e Filha do Satanás. No final, as duas bandas se uniram em um momento emocionante ao som de Mosh Feminista, exaltando a força das mulheres no rock.
“A gente fez essa música pelas nossas mães, irmãs e para todas as nossas amigas que não puderam vir porque tiveram que ficar cuidando das crianças em casa”, contou a vocalista Yas.
Já a banda mineira Black Pantera subiu ao palco trazendo pela segunda vez ao Rock in Rio seu repertório marcado por letras políticas e antiracistas. Charles Gama (guitarra, vocal), Chaene da Gama (baixo) e Rodrigo “Pancho” Augusto (bateria) incendiaram o público com faixas como Tradução, Sem Anistia e Candeia. Nesta última, eles chamaram a mãe ao palco e dedicaram a canção a ela.
“Fiz para minha mãe e para todas as mães, onde elas estiveram”, declarou, emocionado, Chaene.
O grupo fez uma apresentação emocionante, chamando a atenção para a importância da família e convocou o público a abrir uma roda só para as mulheres fazer o mosh pit, sendo aplaudidos. No final, uma grande roda juntou todo mundo para cantar Bota pra Fuder.
Em seguida, foi a vez do Crypta, banda 100% feminina de death metal, levantar o público do Supernova. Com Tainá Bergamaschi e Jéssica di Falchi nas guitarras, Fernanda Lira no baixo e vocal, e Luana Dametto na bateria, a banda entregou um show potente com músicas como Shadow Within e Lord of Ruins. Fernanda emocionou a plateia com sua fala sobre a força das mulheres no cenário musical e a vitalidade do metal nacional.
O Dia do Rock no Palco Supernova foi uma celebração da diversidade e da potência do rock e metal brasileiro, com bandas que não só agitaram o público, mas também reforçaram mensagens de resistência, inclusão e luta.