Começou mais uma edição do Rock in Rio e a palavra de ordem é emoção. Após um hiato de três anos, a Cidade do Rock voltou a receber o público, que foi tomado por uma energia contagiante. E a recepção de quem cruzou os portões ao som da música-tema do maior festival de música e entretenimento do mundo não poderia ser melhor: o presidente do Rock in Rio, Roberto Medina, e a vice-presidente executiva, Roberta Medina, estiveram pessoalmente na abertura dos portões para abraçar e agradecer a presença de quem chegava.
No dia do metal, uma tradição em todas as edições do festival, grandes ícones do gênero passaram pelo Palco Mundo e pelo Sunset, atraindo fãs de diversos lugares e varias idades. O Espaço Favela mostrou que tem funk, tem samba e também tem rock pesado de muita qualidade sendo produzidos pelos músicos das comunidades. Quem esteve na Cidade do Rock no primeiro dia de festival também pôde aproveitar os novos brinquedos – como o Carrossel e o Discovery – acompanhar os novos talentos da música no Supernova, dançar ao som da música eletrônica e se divertir com os jogos da GamePlay Arena, entre muitas atrações.
No Palco Mundo, o headliner Iron Maiden foi a penúltima banda a se apresentar. Os veteranos britânicos investiram nos efeitos pirotécnicos e incendiaram o público ao som de clássicos como Fear of the dark, The Trooper e Run to the hills. Os fãs da banda foram ao delírio quando um boneco gigante da mascote Eddie surgiu no palco vestido de samurai, em referência ao último álbum da banda, Senjutsu – inspirado na cultura japonesa e lançado em 2021. Abrindo a noite no Palco Mundo, a Orquestra Sinfônica Brasileira foi ovacionada pelo público antes da entrada dos músicos do Sepultura. Em uma apresentação criada especialmente para o festival, juntos eles homenagearam grandes nomes da música clássica, como Vivaldi e Beethoven, equilibrando com sucessos da banda como Roots Bloody Roots e Refuse / Resist.
O segundo grupo ao subir ao palco foram os franceses do Gojira, que, conhecidos pelo envolvimento em causas ambientas, fizeram um show repleto de ativismo em defesa da causa indígena. Além de entrar com o rosto pintado de urucum, o vocalista Joe Duplantier, convidou representantes de povos originários e apresentou a música “Amazônia”, sobre a destruição da floresta. Fechando a noite, o Dream Theater subiu ao palco com muita potência em seu tradicional rock progressivo e empolgou o público até a última música.
Abertura dos portões é marcada pela emoção do público e da organização
No Rock in Rio do reencontro, Roberto Medina, presidente do festival, fez questão de acompanhar a abertura dos portões e sentir a energia dos fãs. “Esta já está sendo a edição mais emocionante da nossa história, pois o Rock in Rio representa um momento de virada da nossa sociedade. Um momento de acreditar que o mundo pode ser melhor, de apostar na vida, de sonhar e fazer acontecer. A abertura dos portões hoje foi uma verdadeira catarse coletiva, toda emoção que é estar de volta”, conta Roberto Medina.
Já para Roberta Medina, vice-presidente executiva do Rock in Rio, a enorme comoção dos fãs rapidamente tomou conta da Cidade do Rock: “O que vimos hoje na abertura foi algo mágico. Todos se abraçando e juntos novamente, depois de tanto tempo, foi arrepiante. Tenho a certeza de que viveremos experiências incríveis e sensações únicas em todos estes sete dias”.
O público realmente estava ansioso pelo retorno do festival. Depois de três anos, Eduardo Aguilera, 25 anos, chileno e morador de Santiago, não via a hora de pisar na Cidade do Rock pela primeira vez e voltar a ter contato com outras pessoas. “Parece inacreditável, mas já podemos nos reunir novamente. Cheguei ao Rio de Janeiro hoje, especialmente para assistir ao show do Iron Maiden”, comentou Aguilera. O casal Jaqueline Rodrigues, 26 anos, e Rodrigo Alves, 28 anos, também veio prestigiar o espetáculo da banda britânica e trouxe uma companhia muito especial: o primogênito Jader, um bebê de 4 meses. Moradores da cidade Ervália, Minas Gerais, eles contam que estavam esperando muito por esta edição e que não poderiam perder esse show por nada. “Ficamos muito tempo em casa e sem diversão, já estava na hora de voltarmos a curtir a vida”, afirmou Rodrigo.
Os brasileiros do Black Pantera, que foram os responsáveis por abrirem as apresentações do Palco Sunset, convidaram a banda Devotos para um show emblemático e totalmente único. Logo depois, foi a vez do grupo heavy metal americano Metal Allegiance, agitar todo o público presente e colocar todos para cantarem seus maiores hits. Abrindo a sequência de headliners do palco Living Colour e o guitarrista Steve Vai, fizeram um encontro inédito marcado por solos de guitarra e homenagens a grandes nomes como Led Zeppelin e Jimi Hendrix, entrando para a história das grandes apresentações realizadas no festival. No encerramento dessa noite apoteótica, os americanos da banda Bullet For My Valentine levaram os headbangers ao delírio com seus sucessos como Your Betrayal e Tear Dont’t Fall.
New Dance Order atrai fãs do metal com line-up techno e cenografia deslumbrante
No palco New Dance Order, era possível notar diversos tipos de reencontro – das pessoas consigo mesmas, entre amigos e da música com o corpo e como os dois se relacionam. O destaque do dia foi o set do duo brasileiro Binaryh, com duração de 1h30, que arrastou uma multidão de fãs do metal – muitos vestindo a camisa do Maiden, headliner da noite – para apreciar também o techno, apresentando novas versões para hits como Running Up That Hill, de Kate Bush.
Para a estudante Laura Cristina, de 21 anos e que está vivendo a experiência Rock in Rio pela primeira vez, a área favorita foi o palco, que impressiona com seus 24 metros de altura, jogos de luzes e cenografia inovadora. “Eu não sei nem explicar essa sensação, eu nunca vi um show assim (…) é muito emocionante”, disse.
Já Osvaldo Luiz Franco (51), funcionário público da prefeitura de Petrópolis, que compareceu à três edições do festival, acredita que o Rock in Rio vai muito além da música – é sobre paz de espírito. “Desde a primeira vez que eu vim sinto uma sensação muito boa. Além de reunir as bandas, que é o motivo pelo qual todo mundo vem, também traz uma paz de espírito tamanha. Depois dos últimos anos que nos deixaram abalados emocionalmente, estar aqui é a melhor maneira de lavar a alma”, compartilhou.
GamePlay Arena e novos brinquedos garantem a diversão na Cidade do Rock
A GamePlay Arena começou com toda a emoção prometida neste primeiro de dia de Rock in Rio! O game queridinho das edições de 2017 e 2019, Just Dance, está de volta e colocou a galera para suar ao som de KISS, Joan Janet & The Blackhearts e Queen, entre muitas outras bandas do rock. As disputas no palco foram tão animadas que teve fã se empolgando e dançando na plateia.
Na disputa pelo E-Brasileirão PRO, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol, a primeira rodada da briga pela final colocou Vasco, CSA e Athlético Paranaense nas primeiras posições. As últimas rodadas e a fase final acontecem neste sábado, 3. O evento ainda contou com a presença do time brasileiro campeão da Copa do Mundo Fifa22.
Para quem prefere as atividades ao ar livre, o Rock in Rio tem um verdadeiro parque de diversões. Além de atrações já consagradas entre o público do festival, como a Tirolesa, a Roda Gigante, a Montanha Russa e o Megadrop, este ano a Cidade do Rock conta com duas novidades: o Carrossel e o Discovery. Para Jaqueline Tainá, de 28 anos, o carrossel se destaca porque remete à infância. Para ela, estar no primeiro dia de evento significa liberdade. “Estar aqui no Rock in Rio é sobre ser livre, num evento pra todos os públicos, com variedade de música para todos os gostos”, conta.
Já quem gosta de aventura, pode aproveitar o Discovery, novidade apresentada pela Americanas e que provoca um misto de sensações. Para Clarissa Lima, de 49 anos, o Discovery é uma atração extremamente radical, porém muito gostosa. A mato-grossense veio ao Rio de Janeiro com o filho adolescente que nunca participou de um grande evento em razão da pandemia. “Estar aqui significa renascimento, estou aproveitando essa cidade linda com meu filho e acredito que possa ser a nossa última viagem como parceiros porque quando ele ficar adulto não vai querer mais viajar assim comigo”, acredita.
Rock District e Rock Street
Monique Bevilacqua, de 28 anos, veio de Cuiabá, no Mato Grosso, para curtir o Dia do Metal. Fã do gênero musical, é a segunda edição que ela vem para os shows do Sepultura e IRON MAIDEN. A arquiteta se programou para acompanhar as apresentações nos palcos do Rock District e Supernova. Para o primeiro show do dia, da banda Sioux 66 no Rock District, ela chegou cedo para ficar na fila do gargarejo. Monique conta que é a primeira vez que assiste um show da banda, que conheceu há dois meses graças ao festival. “Conheci o Sioux 66 por meio da playlist do Rock in Rio que reúne o material das bandas que tocam em cada dia. Curti o som e venho ouvindo a Sioux desde então. Amei vê-los tocando ao vivo”. Pela segunda vez no palco do Rock District, o Sioux 66 comemorou o lançamento do novo EP, intitulado Vault. O guitarrista Yohan Kisser relembrou a mãe, Patricia Kisser, que morreu este ano em decorrência de um câncer, e o vocalista Igor Godoi dedicou o show a ela.
Stephanie Quintanilha, de 26 anos, veio de Caxias para curtir a sua terceira edição do festival. Ela contou que garantiu ingresso para todos os dias, e virá sozinha. “Apenas no dia 9 de setembro que vou encontrar alguns amigos na Cidade do Rock. Já é a terceira edição que não venho acompanhada e é sempre uma ótima experiência porque você nunca está sozinha na Cidade do Rock”. No primeiro dia do Rock in Rio, a biomédica veio na expectativa de ver a estreia do Gojira no festival. Além dos shows, Stephanie também destacou a Rock Street, que inova a cada edição. “Cada ano o espaço traz uma cultura diferente. O Rock in Rio nos proporciona grandes shows nos palcos e a oportunidade de conhecer apresentações diferentes”.
Parceria inédita entre Rock in Rio, aplicativo Waze e a cantora Luisa Sonza
Uma novidade que estreou esta semana e promete ajudar todos os motoristas do Brasil, principalmente aqueles que irão trabalhar e circular nas ruas próximas ao festival, é a parceria inédita entre a cantora e fenômeno do pop brasileiro Luisa Sonza, o Rock in Rio e o aplicativo de trânsito Waze.
Aqueles que acessarem a plataforma durante todo o período do festival, entre os dias 2 e 11 de setembro, vão acompanhar frases e informações curiosas sobre a Cidade do Rock, além de expressões e falas mais famosas da cantora. Para ativar a opção, é só ir em “configurações” -> “voz e som” -> “voz waze” -> “Português (BR) – Luísa Sonsa”.
Sobre o Rock in Rio
O Rock in Rio foi criado para dar voz a uma geração e promover experiências únicas e inovadoras. Em 1985, o evento foi responsável por colocar o Brasil na rota de shows internacionais. Batendo recordes de público a cada edição e gerando impactos positivos nos países onde é realizado, se consagrou como o maior festival de música e entretenimento do mundo. Consciente do poder disseminador da marca, hoje o Rock in Rio pauta-se por ser um evento com o propósito de construir um mundo melhor para pessoas mais felizes, confiantes e empáticas num planeta mais saudável.
A internacionalização da marca começou por Portugal, Lisboa, em 2004, onde o evento acontece até hoje, seguido por Espanha (Madri) e pelos Estados Unidos (Las Vegas). No Rock in Rio, os números não param de crescer. Pelas Cidades do Rock já passaram mais de 10 milhões de visitantes nestas 21 edições. Em 37 anos, o festival ganhou o mundo e tornou-se um verdadeiro parque de experiências, mas muito além disso, cresceu e ampliou a sua atuação, sempre com o olhar no futuro.
Adotando e incentivando práticas que apoiam o coletivo, o Rock in Rio preza pela construção de um mundo melhor e se une a empresas que possuem este mesmo olhar e diretriz. Em 2013, foi reconhecido por seu poder realizador ao receber a certificação da norma ISO 20121 – Eventos Sustentáveis. Desde a primeira edição, já gerou 237 mil empregos diretos e indiretos e investiu, junto com seus parceiros, mais de R$ 110 milhões em diferentes projetos, passando por temas como sustentabilidade, educação, música, florestas, entre outros.