Sempre se reconheceu que o vocalista Rob Halford (Judas Priest, Halford, Fight) é uma das principais figuras do ecossistema metal. Seu virtuosismo vocal não conhece fronteiras de tempo e ou espaço; sua técnica e timbre já foi emulado infinitas vezes – e continuará sendo, diga-se – além disso, é a personificação completa e perfeita da figura de um frontman de heavy metal.
Apesar disso, Rob atravessou uma fase marcada fundamentalmente por medo, insegurança, ansiedade e toda sorte de sentimentos e pensamentos destrutivos e negativos até conseguir se assumir gay e, consequentemente, se livrar dos grilhões que o impedia de viver de forma livre, leve e natural.
Segundo Halford, a circunstância em que se assumiu homossexual aconteceu de forma espontânea, durante uma entrevista a MTV em 1998. De acordo com o músico, “foi um momento lindo e de libertação”.
Não foram poucos os músicos que tentaram ultrapassar essa barreira aparentemente insuperável para assumir sua homossexualidade, mas não encontraram êxito por inúmeros motivos e foram obrigados a amargar o peso de viver numa espécie de vida dupla: uma no pessoal e outra no coletivo.
O posicionamento corajoso, visto os vieses preconceituosos, conservadores e hipócritas da sociedade, serviu como estímulo e força para que alguns fãs – e até músicos – pudessem se libertar das amarras do medo e se assumissem gay.
A grandeza de Rob Halford não é somente no palco como o poderoso frontman de uma das maiores bandas de metal de todos os tempos. A extensão de sua relevância é além palco; é ajudando na autonomia, liberdade e afirmação de seus fãs, o que o converte automaticamente no verdadeiro Metal God.