O pai do rock brasileiro é o saudoso Raul Seixas; o artista queria criar música para as massas e deixar de lado o elitista do gênero musical. Raul queria uma abordagem simples e acessível nas letras de suas músicas.
Em recente vídeo compartilhado no YouTube, o comunicador Júlio Ettore falou sobre o processo de composição do clássico Al Capone, faixa presente no primeiro álbum de Seixas, Krig-ha, Bandolo! – lançado em 1973.
A explicação de Júlio contempla exatamente o foco de Raul em querer simplificar a sua arte e criar um maior elo com o público.
“Em meados de 1972, Raul Seixas estava muito feliz de ter encontrado o parceiro ideal para construir as músicas de seu primeiro LP. Ele tinha insistido muito para que Paulo Coelho aceitasse fazer letras de música, porque o sonho dele era ser escritor. Depois de tanta insistência, eles fizeram uma primeira experiência que tinha dado certo, e era hora de escrever a segunda música.
Paulo apresentou uma ideia que misturava Al Capone, Jesus Cristo e astrologia. Ele apresentou para o Raul, que respondeu: “Paulo, isso aqui está muito complicado, cara’. E Paulo respondeu: ‘Eu só sei escrever assim; você quer que eu faça o que’?
Raul via potencial em Paulo e insistiu para que ele se tornasse seu parceiro. O letrista, no entanto, precisaria se adequar ao mundo da música, deixar a pegada de teatro e literatura de lado. Paulo topou o desafio, principalmente porque estava precisando de grana, e Al Capone foi a virada de chave para a dupla”.
A explicação completa de Júlio Ettore está disponível logo abaixo:
Raul Seixas e Paulo Coelho era uma dupla de filósofos. A dialética e consequentimente a contradição foi o método mais utilizado em suas canções. Cito por exemplo a canção Metamorfose Ambulante e Quando Você Crescer como exemplo.
Comece a gostar de filosofia ouvindo Raul Seixas.
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Antes do Raul já tinha outros Rockers