É raro, mas existem pessoas que onde colocam a mão tudo vira ouro! O sucesso chega de forma arrebatadora e sem pedir licença. E é evidente que na seara musical tem seus representantes de tal fenômeno como o guitarrista Ritchie Blackmore, que logrou grande sucesso com o Deep Purple, Rainbow e, até mesmo, com o Blackmore’s Night, que é focado num folk rock renascentista.
Um dos pontos altos da carreira de Blackmore é, sem dúvida, o segundo trabalho de estúdio do Rainbow, Rising, que ostenta um verdadeiro ‘dream team’ do rock e metal, com Ronnie James Dio (vocal), Jimmy Bain (baixo), Cozy Powell (bateria) e, claro, Ritchie, na guitarra.
Em celebração ao disco que faz aniversário hoje (17 de maio), listamos 5 razões que tornam Rising um dos maiores álbuns da música pesada.
1. Repertório
Um álbum que tem o luxo de ostentar canções do teor de Tarot Woman, Starstruck e Stargazer é algo que se aproxima bem do utópico posto de perfeição. Com pouco mais de meia hora de duração, a audição do trabalho é fluída e prazerosa, devido, naturalmente, aos seus seis clássicos.
2. Produção
Não existe fórmula para o sucesso, mas existem alguns artifícios que podem auxiliar o processo para alcançar êxito e prosperar. Na música, um desses recursos, era a produção de Martin Birch (Black Sabbath, Whitesnake, Iron Maiden), que sempre conseguia soar viva, quente e dinâmica. Sabiamente, Martin sempre priorizou por um trabalho encorpado e com espaço para que todos os instrumentos e voz pudessem brilhar e repercutir de maneira vigorosa. Rising é um desses bons exemplos.
3. Capa
Criada por Ken Kelly (KISS, Manowar), a arte de Rising fora deliberadamente adicionada como uma forma de compor a trinca criativa do disco, que ainda conta com o conteúdo lírico e musical. Basicamente, é uma obra-prima concebida para embalar outra obra-prima.
4. Ronnie James Dio
É meio redundante colocar holofote num trabalho do saudoso Dio! Paradoxalmente, seria uma irresponsabilidade não destacar a poderosa e consistente voz do pequeno gigante. Respaldado na tessitura de tenor e pela capacidade de alcançar 4 oitavas, Ronnie, no álbum, brindou os fãs com uma de suas mais admiráveis performances.
5. Ritchie Blackmore
Flertando entre as tonalidades maiores e menores, as melodias presentes no álbum são fortes e assentadas em harmonias ousadas. As linhas de guitarra caminham pelos trilhos do jazz, blues, folk e, claro, rock. Blackmore expõe um playing amplo, o que é um bálsamo aos ouvidos.