Apesar de mais famosa pelas baladas que mudaram o mundo, a banda alemã Scorpions é uma verdadeira instituição do rock n’ roll, que há 50 anos vem destilando seu som único, guiado pela voz inconfundível de Klaus Meine e a poderosa guitarra de Rudolf Schenker.
Já tendo explorado diversas formações, sonoridades, projetos e tudo mais que os caminhos do rock têm oferecer, o grupo anunciou recentemente seu novo álbum, Rock Believer, para fevereiro de 2022. Mas, enquanto o 19º disco de estúdio não chega, preparamos esta breve curadoria para celebrar sua carreira e servir de introdução para àqueles que ainda não conhecem o trabalho da lendário grupo. Boa viagem!
Comece com: Love at First Sting (1984)
Poderia ser uma baita coletânea, mas é um disco de estúdio. Still Loving You é uma das baladas mais conhecidas da história, enquanto a parcela “quebra-tudo” do álbum traz faixas do calibre de Bad Boys Running Wild, Big City Nights e um dos maiores hits da banda: Rock You Like a Hurricane. Faixa de destaque: Rock You Like a Hurricane.
Depois experimente: Crazy World (1990)
Quem nunca ouviu o assobio da lindíssima Wind of Change, não andou vivendo no planeta Terra nas últimas décadas. Mas o álbum é muito mais do que isso e entrega petardos do mais puro hard rock, como Hit Between the Eyes, Don’t Believe Her e a faixa-título, em meio à agitação histórica da dissolução da União Soviética. Faixa de destaque: Wind of Change.
Não perca: Blackout (1982)
Um dos favoritos de qualquer fã, Blackout mostra a banda em seu melhor momento até então. Após deliciar-se com uma aula de “rock pauleira” em todas as faixas desse registo essencial, o ouvinte é convidado a descascar uma cebola para disfarçar em When the Smoke is Going Down. Faixa de destaque: Blackout.
Também recomendamos: In Trance (1975)
Em conjunto com seu sucessor, Virgin Killer (1976), representa o curto período em que o Scorpions mais flertou com o heavy metal. É uma sonoridade diferente daquela consolidada na década de 1980, mas também é um disco matador até o fim, com destaque para Dark Lady, Living And Dying e a faixa-título. Faixa de destaque: In Trance.
Vale a pena escutar: Humanity: Hour I (2007)
Com certeza alguns radicais rasgariam esta resenha agora, caso ela fosse de papel. Afinal, com tantos clássicos ainda por mencionar, como recomendar logo um álbum “novo” e criticado pela sonoridade modernizada? Pois é justamente isso que dá brilho a esse registro pesado e muito melódico, uma excelente faceta moderna do Scorpions, que, se não unânime, ao menos foi apreciada por muitos.
Vale a pena conhecer belas peças como The Game of Life, We Were Born to Fly e The Future Never Dies, até porque a banda retomou os timbres tradicionais após Humanity, mas, infelizmente, os discos posteriores não tiveram a mesma qualidade. Faixa de destaque: The Game of Life.
Fora da curva: Fly to the Rainbow (1974)
Apesar de ser um clássico de muita qualidade e status “cult” entre os fãs, a discografia do Scorpions comprova que esse rock setentista com fortes nuances psicodélicas é um ponto fora da curva, pois durou muito pouco. Por ser o segundo álbum dos alemães, eles ainda estavam buscando uma identidade, mas já é um registro muito mais sólido do que o antecessor, o esquecível Lonesome Crow (1972). Faixa de destaque: Fly to the Rainbow.
Evite: Eye II Eye (1999)
Não há o que dizer, além de “que diabos eles estavam pensando?”. Simplesmente vergonhoso. A própria banda já declarou ter se arrependido desse disco de música pop de elevador, mais insosso que picolé de chuchu sem açúcar, e felizmente a redenção veio com o ótimo Unbreakable (2004). Faixa de destaque: Não há.