“Quero poder manter meu padrão de vida que é relativamente alto”, diz Marcelo Barbosa

Anos atrás, o guitarrista Marcelo Barbosa (ex- Khallice, ex-Almah) entrou no Angra com a missão de substituir Kiko Loureiro, que foi trabalhar para o Megadeth. Agora, no entanto, a banda brasileira de power metal dará uma pausa na carreira por tempo indeterminado, o que pegou Marcelo de surpresa.

Recentemente, ele bateu um papo com o apresentador Manoel Santos, do canal Ibagenscast, e compartilhou suas impressões sobre o assunto.

Marcelo disse: “Bem, vou falar o que eu acho! Eu fui pego de surpresa! Não nos perguntaram sobre o que achávamos sobre fazer uma pausa. O Rafa [Rafael Bittencourt – guitarrista] meio que definiu com o Felipe [Andreoli – baixista] e o Paulo [Baron], e nos avisaram.

Aquilo me pegou de surpresa, porque eu imaginava que isso fosse acontecer, mas não agora. Eu achava que ia ter mais um disco e uma turnê; eu imaginei que fosse acontecer isso daqui uns dois ou três anos.

Naquele primeiro momento não era para ter esta turnê de março e agosto, era para acabar no final do ano [de 2024]. A gente foi conversando e vimos que íamos fazer apenas vinte shows da turnê [de vinte anos] do Temple of Shadows. A conversa foi fluindo e a turnê foi ficando maior”.

Ele completou: “Querendo ou não, eu faço muita coisa, sou empresário e dou aula, mas tudo isso, ao longo dos últimos anos, girou em torno do Angra fazendo turnê ou não, se está gravando ou não. O Angra foi prioridade durante esses anos. Então, é um pouco estranho ver como as coisas serão e ver qual será a minha prioridade”.

Barbosa continuou pontuando que quer se preparar financeiramente para o futuro, já que quer manter o seu alto padrão de vida, isto é, não quer passar perrengue de grana como alguns rock stars.

“Vou fazer cinquenta anos de idade, meio século, o que é bastante simbólico. Eu sou um cara que me preocupo muito com o futuro, com a parte financeira e me aposentar bem e sem ter dificuldade financeira.

Quero poder manter meu padrão de vida, que é um padrão de vida relativamente alto. Sou sócio de algumas empresas e penso que em algumas delas posso potencializar bastante o que a gente já vem fazendo.

Então, eu acredito que nos próximos quinze anos serão cruciais para a construção de um patrimônio que me possa permitir dar uma segurança para o meu filho e minha família, além de poder desacelerar e manter o meu padrão de vida e o dinheiro pesar cada vez menos no meu poder de decisão.

Não quero passar por coisas que vejo pessoas passando. São pessoas que ganharam muito dinheiro na vida, mas, sei lá porque, não conseguiram se organizar para poder envelhecer com dignidade.

Sempre fui muito pé no chão e sempre mantive os meus gastos abaixo do que poderiam ser, então, pude construir um certo patrimônio”.

Eis a fala na íntegra de Marcelo Barbosa:

4 comentários em ““Quero poder manter meu padrão de vida que é relativamente alto”, diz Marcelo Barbosa”

  1. Fala o empresário!!!! O problema muitas vezes é esse…o ¨tal padrão de vida¨, que acho uma certa babaquice quem diz isso!!!! Muita gente fala que jogador de futebol se aposenta cedo, tem vida curta na profissão…mas o dinheiro que tal jogador de futebol ganha em um ano, seria o dinheiro para 10 anos mais ou menos para uma trabalhador que se vira com um salário mínimo, é o que vejo e comparo!!!! Uma coisa é querer viver no luxo e outra é sobreviver, valeu!!!!

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  2. Vida de músico é assim mesmo. Não adianta falar de padrão de vida e ser músico. Muitos pensam que músico é artista porque trabalha com arte. Ser Artista é diferente, é ser protagonista. Eu toquei com muita gente famosa no mundo, mas não pensava em alto padrão de vida. Pensei em fazer o melhor que eu posso. Uma vez George Harrison me disse que teve mais dinheiro pós Beatles do que na banda mais influente de todos os tempos. Eu entendi que ele foi “artista” e antes era parte de uma banda. Além do mais, meio século é só a metade de uma vida. O melhor estará vindo pra você se não pensar em alto padrão. Boa sorte.

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  3. Todos nós precisamos de estabilidade e uma certa segurança pra ter uma vida tranquila e poder esta bem para produzir e extrair o que temos de melhor e contribuir com evolução de vida melhor para todos.
    Se bem que tem algumas pessoas que a fase mais produtiva é a que tem mais conflitos.
    É vida que segue com respeito a diversidade do ser humano.

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  4. Concordo com Marcelo. O fato se ser um artista não significa deixar de lado a organização financeira. Justamente por ser músico, precisa de organizar, se preparar para tudo o que vier!

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