‘Quem me atacou geralmente é fascista’, diz João Gordo sobre álbum contra negacionismo na pandemia

Os Ratos de Porão fazem letras políticas e combativas há mais de quarenta anos. Era natural que o grupo que defende o antifascismo antes de o termo virar modinha continuasse a falar mais alto em uma época de ascensão da extrema-direita.

O novo álbum “Necropolítica” é quase uma “ópera” sobre o negacionismo durante a pandemia, define João Gordo.

A conversa aconteceu antes do primeiro show da história dos Ratos de Porão no Rock in Rio, nesta sexta-feira (1).

As letras falam sobre mortes de pessoas sem oxigênio em Manaus, mentiras sobre medicamentos e falsas curas, extremismo e mentiras na internet.

“Quem me atacou geralmente é fascista”, diz o vocalista. “Se a letra pegou e mexeu com a pessoa, quer dizer que eu estou no caminho certo. O meu objetivo era esse, né?”.

“Eu vou continuar fazendo o mesmo tipo de letra”, ele garante.

Entrevista ao g1

João Gordo já viveu de tudo aos 58 anos de idade e mais de 40 de carreira. Ele enfrentou as cenas de punk e de metal e mudou a história do rock brasileiro. Depois, enfrentou Dado Dolabella e Marcelo Camelo e mudou a história da MTV Brasil.

Mas ele nunca tinha feito uma coisa até 2022: tocar no Rock in Rio com os Ratos de Porão. O grupo é mais antigo do que o festival, e surgiu em 1981, quatro anos antes de a Cidade do Rock ser montada pela primeira vez.

O cantor e apresentador falou ao podcast g1 ouviu, em edição especial em áudio e vídeo. Confira abaixo na íntegra:

Por Rodrigo Ortega e Gabriela Sarmento
Fonte: G1

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