Quase perfeitos: 5 álbuns clássicos do metal quase arruinados por uma música terrível

Uma das piores sensações do mundo é ouvir um álbum clássico de uma grande banda, ficar totalmente imerso no disco, e então uma música surge e estraga toda audição. É um balde de água fria!

Infelizmente, o metal não está imune a esse fenômeno e a revista Metal Hammer listou algumas vezes em que músicas bem abaixo do compasso destoaram de obras-primas que poderiam ser perfeitas.

Metallica – Escape (Ride The Lightning, 1984)

Nem mesmo o Metallica gosta dessa música. Supostamente, Escape é o resultado da então gravadora da banda, forçando-os a escrever um single de sucesso mais amigável para o rádio, mas não ficou bom.

Não tem nada do vigor de Ride The Lightning, For Whom The Bell Tolls e Fight Fire With Fire, nem o quê progressivo de Fade To Black e The Call Of Ktulu. E mais, Escape só foi tocado ao vivo (a contragosto) uma vez.

Iron Maiden – Gangland (The Number Of The Beast, 1982)

Assim como o Metallica, o Iron Maiden não tem tempo para esta música do The Number Of The Beast. De última hora, por causa do tempo de execução do álbum, Bruce e Cia tiveram que escolher entre Gangland e Total Eclipse como sua penúltima música – e, por 40 anos, eles reclamaram sobre como escolheram a música errada.

A faixa não acrescenta nada ao álbum, enquanto Total Eclipse é um triunfo evocativo que teria seguido perfeitamente Hallowed Be Thy Name. Não é de admirar que esta música nunca foi tocada ao vivo.

Black Sabbath – FX (Vol. 4, 1972)

FX é apenas ruído. Separando Changes e Supernaut no incrível álbum Vol. 4, são 102 segundos de raspagem, bipes e pancadas que não servem para nada além de preencher o tempo de execução. O álbum realmente era curto demais e precisava urgentemente desse interlúdio preguiçoso? Pule essa música!

Slayer – Threshold (God Hates Us All, 2001)

Em God Hates Us All, o Slayer redescobriu sua maldade depois de se interessar pelo nu metal três anos antes. Disciple, Here Comes The Pain, Payback… todas essas músicas amaciaram os tímpanos com mais força do que qualquer música dos thrashers desde Reign In Blood.

No entanto, Threshold empurrou essa intensidade para uma autoparódia. “I can’t control the rage that flows from me”, Tom Araya grita numa angústia irracional e boba que mais parece ter saído de um diário adolescente.

Megadeth – These Boots (Killing Is My Business… And Business Is Good!, 1985)

No original Killing Is My Business… And Business Is Good, o cover de These Boots já era brega o suficiente, falhando em equilibrar o tom sensual do original de Nancy Sinatra com um petulante ataque à la thrash metal.

A reedição do disco lançado em 2002, após reclamações do time de Sinatra, Dave Mustaine achou que seria uma excelente ideia manter a música no álbum, mas sem suas adições ao conteúdo lírico. O som destoa da grande obra que é o primeiro trabalho de estúdio do Megadeth.

7 comentários em “Quase perfeitos: 5 álbuns clássicos do metal quase arruinados por uma música terrível”

  1. Discordo totalmente do próprio Metallica! O album é perfeito, meu preferido. Escape, obviamente, não tem a energia de Creeping Death, Fight fire with fire ou Ride the lightning, e mto menos a complexidade de For whom the bell tolls, mas mesmo assim ainda é mto boa, tem riff forte e um bom refrão! Aliás infinitamente melhor que tudo o que fizeram depois de 1991…

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  2. Escape é ótima. Lembro do sabor de novidade quando ouvi pela primeira vez. Gangland é a mais fraca do The Number, mas ainda muito boa. FX se encaixa no contexto do álbum. Se me dava alguns arrepios e sensação de estranheza ouvindo ela nos anos 80, só posso imaginar como era enigmático ouvi-la nos anos 70, como meu pai sempre comentou. Threshold é uma das minhas favoritas não só do God Hates Us All, como de toda carreira da banda. Ódio puro e um groove destruidor. O refrão é perfeito. Só não gosta quem tem problema com a estética do Metal dos anos 90, que culminou no Alternative e New Metal. Mesmo quando eu tinha problema com essa estética, abria exceção pra algumas músicas do Slayer. Hoje gosto ainda mais. Meus álbuns favoritos do Slayer são Seasons in the Abyss, God Hates Us All, World Painted Blood e Divine Intervention. Sou fã da banda desde 1987. Minha banda favorita desde 1990.

    These boots é a única dessa lista que acho, digamos, desnecessária no álbum.

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  3. No caso do Metallica,A Escape é sensacional principalmente na harmonia do começo. Só acho ruim o refrão, muito ridículo. Uma melodia feia pra burro, parece que fizeram correndo, com a primeira coisa que veio na cabeça. Se não fosse isso seria perfeita. No caso do Iron Maiden Gangland e Total Eclipse, acho ótimas aliás muito melhor do que a Run to the Hills que é muito superestimada, acho chata pra caramba.

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