O ditado popular diz que o tempo é o melhor dos antídotos para os diversos problemas e ou questões. Bem, tal afirmação se coloca, sim, como uma verdade inquestionável, no entanto, há a necessidade de adicionar à mencionada assertiva que o tempo traz consigo adjetivos como experiência, inteligência, traquejo e amadurecimento.
E é sob tais predicados que o mais recente álbum de estúdio da banda norte-americana, Prong, se apoia. Intitulado de X – No Absolutes, o disco versa sob o conhecido DNA do Prong, que tem em seu gene o thrash metal, punk, hardcore e um bem vindo quê de industrial. Ultimate Authority, com sua palhetada avassaladora e solo agressivo, dá as boas vindas ao ouvinte nesse décimo álbum de estúdio da banda, provando que o cansaço passou longe da jurisdição do Prong.
Mesmo em curto prazo, se sobrou alguma reticência e ou rastro de desconfiança em relação ao poderio sonoro de X – No Absolutes, a faixa Sense of Ease vem rechaçar quaisquer dubiedade ou devaneios com sua pegada thrash, solo veloz repleto de alavancada e presenteando os fãs mais veteranos com a famosa e célebre paradinha que só as bandas curtidas no mais puro barril de thrash metal sabem fazer de forma certeira.
O grupo liderado pelo guitarrista e vocalista Tommy Victor – completa a banda o baixista Mike Longworth e o baterista Art Cruz – tende sua arte para àqueles que se comprazem com a união entre o ríspido, rápido, agressivo e melódico, deixando os ouvintes mais sensíveis e acostumados com a brandura de outras bandas mais leves desconfortáveis com canções do teor de Cut and Dry, Belief System, In Spite of Hindrances e Worth Pursuing.
Criatividade e dinâmica também estão impregnadas no código genético do Prong, com isso, temas como a melódica With Dignity, a industrial No Absolutes e a quase balada Do Nothing encontram perfeita acolhida no cativante repertório de X – No Absolutes. Como não bastasse, a versão nacional do disco, lançada via Shinigami Records, conta e encerra com o bônus track, a pesada e ótima Universal Saw, que serve para deixar X – No Absolutes com aquele ótimo gosto de quero mais e te levar a colocar o álbum no modo repeat.
As mais de três décadas de carreira certificam e dão recurso para que o Prong entregue aos seus fãs uma obra do quilate de X – No Absolutes, onde o ostracismo e a preguiça passam longe da jurisdição do grupo. Será uma maluquice e insensatez, quiçá uma absurda irresponsabilidade, ignorar esse álbum e tal qual essa banda.
Track list de X – No Absolutes:
1. Ultimate Authority
2. Sense of Ease
3. Without Words
4. Cut and Dry
5. No Absolutes
6. Do Nothing
7. Belief System
8. Soul Sickness
9. In Spite of Hindrances
10. Ice Runs Through My Veins
11. Worth Pursuing
12. With Dignity
Bônus Track
13. Universal Law
Nota: 7