Goste ou não, atualmente, em pleno século vinte e um, todo fã de rock e metal sabe da existência e importância do Iron Maiden ao ecossistema da música pesada. Até mesmo as pessoas que vivem fora do meio dos riffs, solos e vocais eletrizantes e que levam “vidas normais” conhecem e compreendem o tamanho e a relevância da Donzela de Ferro.
Naturalmente, a imensa magnitude do grupo fora conquistada ponto a ponto; ou melhor, show a show, disco a disco. Ao contrário da fama e sucesso de boa parte das celebridades e bandas atuais, que endossam um trabalho plástico e artificial, praticamente criado em laboratório, o Iron seguiu o extremo oposto deste esquema: labuta pesada para afiar e refinar o processo criativo e, consequentemente, entregar uma obra artística caprichada.
Já nos dois primeiros registros de estúdio: Iron Maiden (1980) e Killers (1981), a banda agitou a cena musical e botou muita gente para suar a camisa, inclusive a turma veterana, e correr atrás do prejuízo.
O passo seguinte precisava ser grande, audacioso; caso contrário, atolaria na armadilha da mesmice e precisaria se contentar com o título da banda que quase… Muitos não deram tal salto qualitativo na carreira e nos negócios, sendo assim, até hoje, são lembradas como grupos que tinham tudo para escalar aos pontos mais altos do mercado fonográfico, mas acabaram ficando no jogo morno da segunda divisão.
The Number of the Beast (1982), que contemplou a estreia de Bruce Dickinson na banda, foi uma jogada de mestre, a prova incontestável de que o renovado quinteto estava disposto a usar todas as armas e recursos a seu dispor para marcar lugar cativo na cena como um dos maiorais. Piece of Mind (1983) aperfeiçoou ainda mais os dotes da banda, principalmente pela entrada do baterista Nicko McBrain.
Porém, o xeque-mate, o definitivo movimento que sedimentou a posição vanguardista do Maiden no mercado musical e que garantiu sua permanência vitalícia na primeira divisão do metal, veio em seu quinto álbum de estúdio, Powerslave (1984). A sofisticação e criatividade aplicadas nas oito canções encantam o ouvinte já numa primeira e descompromissada audição.
Ao contrário do que alguns falsos gurus apregoam aos quatro ventos, Powerslave não foi um golpe de sorte, tampouco um bem-sucedido acidente de percurso; longe disso, é uma obra musical deliberadamente pensada e planejada para que o conjunto galgasse novos e maiores horizontes em sua carreira.
O Iron Maiden estava seguro e convicto de seu trabalho, não teve medo de entrar no jogo para ganhar; dessa forma cunhou uma das pedras fundamentais da história do heavy metal. E, pode soar como uma besteira e uma frase tola de efeito, mas criar uma obra artística que passe sem avarias pelo implacável teste do tempo é um feito para poucos, e, sem dúvidas, Powerslave está neste seleto grupo.
Da DONZELA DE FERRO, só um comentário: obrigado por “insistirem” neste caminho “heavy metal” do rock, e fazendo com que nós, “metaleiros”, apreciemos suas canções nos nossos cotidianos, incansavelmente. E eu faço parte disso desde os The Beatles, Rolling Stones, Jimi Hendrix, Deep Purple (de cabeceira) e ….
Obra prima! Depois de ouvir esse álbum o heavy metal nunca mais foi o mesmo.
Lançar um albUm foda!!!
Após ao outro não é fácil.
Mas o maiden fez e isso diz tudo …
Viva o metal!!!!
Se existe algo perfeito, isso se chama POWERSLAVE, álbum épico do início ao fim, a rima do velho marinheiro é excepcional e prova como eles são eternos e nem a morte irá tiralos esse título de Reis….”fazendo trocadilho com POWERSLAVE”.