Peso morto: 5 bandas modernas de rock e metal que ofendem o sentido da audição

A oferta de bandas de rock n’ roll e heavy metal nunca foi tão grande como é nos dias atuais. Há grupos surgindo em vários países fora dos tradicionais Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha e contemplando as mais diferentes vertentes da música pesada. Seja do death metal ao blues rock, do thrash metal ao prog metal, do power metal ao black metal, há produtos para todos os gostos, o que é ótimo para o ecossistema da cena como um todo.

E como é de se esperar em um mercado coalhado de tantas ofertas, há muito joio agregado neste trigo, ou seja, existem muitos conjuntos que pouco ou nada valem a atenção, dinheiro e clique do público. É claro que todo indivíduo é livre para fazer as próprias escolhas e colocar no player o que melhor lhe aprouver, porém, temos o espaço e, até mesmo, a responsabilidade de alertá-los de certas picaretagens culturais que se travestem de supostas inovações sonoras.

Os embustes correm a torto e a direito tanto no mercado doméstico quanto no internacional. Os softwares de edição musical têm operado verdadeiros milagres, pois tentam – às vezes até conseguem – impor um verniz de genialidade no que é mais estéril do que um ambiente radioativo.

Dessa forma, queremos apontar 5 bandas gringas que seguem tais preceitos e são essencialmente uma ofensa ao sentido da audição e mais inúteis do que um peso morto.

Falling in Reverse

Uma banda que cancela show por causa de um laptop sumido nunca foi e jamais será séria. Cancelar evento por conta de um instrumento roubado ou até mesmo por excesso de goró nas ideias seria menos estúpido do que um computador que deu chá de sumiço.

Mas vamos lá, bora nos ater ao som! A xaropada é loteada em gritinhos de mamãe sou trevoso e pseudos riffs de guitarras, que são soterrados em camadas e mais camadas de samplers e qualquer outro barulho que possam ocultar a incapacidade técnica de seus membros.

Tem como piorar? Claro, sempre tem, uai! O caldo fica ainda mais nauseante com a intervenção de cacoetes de rap e um teor lírico firmado em dramas juvenis no pior estilo eu odeio tudo e todos. Se os pais destes moleques os tivessem matriculado em um curso de eletricista ou mecânica, o mundo teria ganhado bem mais.

Black Veil Brides

Aqui o expediente não é muito diferente do grupo anterior, visto que tudo é sintético e sufocado por recursos eletrônicos que são claramente para disfarçar a inabilidade técnica dos garotos. Tristemente, isto tem se tornado uma regra em conjuntos norte-americanos e europeus e o futuro parece não vislumbrar uma reviravolta para o campo positivo, visto que o caráter fast food também atua no setor fonográfico de tais praças.

O baixo nível das performances também chama bastante atenção, pois não há um lampejo de genialidade – nem mesmo um aqui e outro acolá. O que se logra ao tentar se aprofundar no repertório do quinteto é uma clara perda de tempo e sentimentos ambíguos como raiva e pena.

Måneskin

O quarteto italiano já provou inúmeras vezes estar mais interessado no quê balada da cena rock n’ roll do que propriamente criar e se assentar em um repertório profundo baseado no capricho. Os integrantes dobram a aposta ao mergulhar em subterfúgios sexuais e eróticos para completar o combo da desgraça.

O Maneskin é uma banda de pouca experiência e deslumbrada com a fama, além disso, falta milhagem aos músicos. E mais, caras, bocas e atitudes pseudo rebeldes não garantem, tampouco sancionam cadeira cativa entre os panteões do estilo.

É vexaminoso e lamentável que Maneskin ostente o status de uma das principais atrações do rock atual, visto que carece de uma das mais básicas demandas do mercado fonográfico: um repertório de peso.

Uma prova clara de tal deficiência do grupo é a necessidade de incluir em seu set covers de Love of My Life (Queen), Womanizer (Britney Spears), My Generation (The Who), Beggin’ (The Four Seasons) e I Wanna Be Your Dog (The Stooges).

Como cantava o lendário e saudoso Bon Scott (AC/DC), It’s Long Way to the Top If You Wanna Rock n’ Roll, e mais, não há atalhos.

Bring Me the Horizon

O mercado britânico já exportou ao mundo nomes como Black Sabbath, Deep Purple, Led Zeppelin, Pink Floyd, Jethro Tull, Queen e Motörhead. No entanto, parece que a coisa desandou ou a fonte secou, visto que um de seus atuais produtos de exportação é o choroso Bring Me the Horizon.

O mecanismo do conjunto é encher suas canções de penduricalhos como coros, sussurros e camas de teclado para dar algum caráter de profundidade criativa, todavia, é uma salada sonora sem um pingo de norte, que só terá eco em adolescentes de pouco desenvolvimento emocional e ou em adultos que não superaram a puberdade.

Asking Alexandria

Agora, se o ouvinte deseja desenvolver o autocontrole emotivo para não explodir com o chefe, funcionários, sogra, filhos e vizinhos, não precisa pagar caro em terapias mirabolantes, porque basta colocar Asking Alexandria no player e se concentrar, visto que, se superar o dois minutos do repertório dos emiradenses, a pessoa está apta a enfrentar qualquer desafio do dia a dia com os pés nas costas.

Os solos de guitarra são praticamente inexistentes e a sonoridade digital imposta nas seis cordas e na bateria é fria e carente de qualquer traço de energia, além do mais, a importante liga sonora ofertada pelo baixo não dá as caras em nenhum momento da audição, o que colabora para uma fadiga de difícil regeneração. Passe longe de tal grosseira ilegalidade artisticamente.

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