A fofoca que sempre correu nos corredores da cena rock n’ roll é que muitos álbuns ao vivo foram retocados em estúdio, isto é, os eventuais erros nas performances foram corrigidos pelos produtores e engenheiros de som.
Quem jogou a real sobre o tema foi o guitarrista Ace Frehley, que afirmou, em entrevista ao canal The Metal Voice, que pelo menos 50 por cento de KISS Alive foi refeito em estúdio.
Frehley explicou: “Muito de KISS Alive foi retocado! Pelo menos 50 por cento foi cantado novamente e refeito. Se você ouvir o álbum com mais atenção, poderá ouvir que muita coisa ali é falsa. O meu solo de guitarra foi ao vivo, foi real. Mas muita coisa que foi cantada de forma desafinada acabou sendo editada em estúdio. Queríamos lançar o melhor produto possível”.
Ace completou: “Hoje, no estúdio, coisas assim são feitas sem sequer pensar. Hoje em dia, muitos grupos se apresentam ao vivo com faixas de apoio, não apenas o KISS. Eu só não vou citar os grupos porque são meus amigos, e eu não quero decepcionar os fãs, mas tem muita gente fazendo isso, atualmente”.
O Spaceman concluiu: “Antigamente, fazer esse tipo de coisa era um grande crime. Milli Vanilli foi crucificado quando descobriram que eles faziam ‘lip sync’. Mas as coisas mudaram com o passar dos anos, e temos que aceitar como as coisas são nos dias de hoje”.
A entrevista completa pode ser assistida logo abaixo:
O álbum Alive!, que foi o primeiro registro ao vivo do KISS, saiu em setembro de 1975 e já vendeu mais de nove milhões de cópias ao redor do mundo. O disco foi o responsável por “ressuscitar” a carreira do KISS, que estava perto de ter o contrato com a gravadora Casablanca revogado, devido as baixas vendagens dos registros de estúdios lançados até então.