Alice Cooper argumentou a respeito da sobrevivência do rock no mercado da música em sua nova entrevista para a LA Weekly, publicada neste fim de semana. Segundo o veterano cantor, o rock and roll pode não ter atualmente o espaço que desfrutava no passado, mas segue muito representativo. Ele utilizou as recentes declarações de Gene Simmons, do Kiss, sobre a “morte do rock”, para apresentar sua opinião bastante equilibrada sobre o gênero.
“Gene Simmons disse que o rock está morto, mas acho que ele estava falando financeiramente. Acho que há crianças nas garagens agora aprendendo Guns N’ Roses, aprendendo Aerosmith, aprendendo Alice, aprendendo Ozzy… Jovens de 16 anos sacudindo e sacudindo. Isso é saudável. Isso é muito saudável. Acho que o rock nunca vai morrer”, comentou.
Alice acrescenta: “Quando você fala de hard rock, como os Stones, The Who e tudo isso, essa é a única música que durou. O grunge ficou aqui por um tempo. O punk ficou aqui por um tempo. O emo estava aqui, mas as bandas de hard rock continuaram. Então, se você está em uma banda de hard rock, você seguir com ela o tempo que quiser”.
De acordo com o cantor, a pandemia pode ter contribuído para uma proliferação de bandas jovens. “Aprendi uma frase totalmente nova: bandas COVID. Bandas que se reuniram durante a pandemia que nunca tocaram na frente de uma plateia porque não havia lugar para tocar”. No entanto, ele acha que isso pode ser benéfico.
“Houve um tempo em que começamos a tocar, que bandas de rock eram foras da lei. Estávamos do lado de fora olhando para a festa e não fomos convidados para a festa. Era mais música pop, dance music e disco. Acho que voltamos a esse ponto. Eu acho que é meio saudável que as bandas de rock agora não são número um, número dois ou número três. Estamos de volta ao ponto de sermos rebeldes novamente”, comentou.
No começo do ano, em uma entrevista à NME, Alice Cooper já vinha falando que há muita coisa nova acontecendo no mercado do rock and roll.
Fonte: 89FM