Ozzy Osbourne ficou uma graça travestido de lobisomem em Bark at the Moon

Ozzy Osbourne é uma das figuras mais amalucadas, carismáticas e brilhantes do universo rock e metal; seja com o imponente Black Sabbath ou com a sua extraordinária carreira solo, o cantor é uma persona inigualável na cena musical.

Em sua curiosa trajetória, após ser expulso do Sabbath, a redenção chegou por intermédio de São Randy Rhoads, que se encarregou de edificar, ao lado Bob Daisley (baixo, letras e arranjos), Lee Kerslake (bateria) e Don Airey (teclado), sua dignidade e carreira por intermédios dos álbuns Blizzard of Ozz (1980) e Diary of a Madman (1981).

Contudo, a vida e o sucesso de Randy foi abreviado por um fatídico acidente aéreo, no dia 19 de março de 1982. O guitarrista tinha apenas 25 anos. Ozzy perdeu o amigo e o principal parceiro de trabalho.

Depois de um disco ao vivo – a saber Speak of the Devil (1982) – para dar tempo de oxigenar as ideias e sentimentos, o Príncipe das Trevas retomou em plena força, tendo como novo e fiel escudeiro o guitarrista Jake E. Lee.

Em 15 de novembro de 1983, Bark at the Moon, terceiro disco solo de Ozzy, vislumbrou a luz do Sol – ou melhor, da lua – com um repertório visceral, cru e direto. As letras das oito canções vieram embaladas por uma aura sombria e de terror gótico à la clássicos do cinema como A Noite do Lobisomem (1961) e Um Lobisomem Americano em Londres (1981).

Bem equilibrado, o repertório preparou espaço para o tom romântico de You’re No Different e So Tired, para o clima rock n’ roll faz a festa de Rock ‘n’ Roll Rebel e a faixa-título, para o virtuosismo de Centre of Eternity e para a macabra Waiting for Darkness.

Com uma produção muito bem azeitada, em que todos os instrumentos soam bem equalizados e timbrados, e performances individuais bastante caprichadas, Bark at the Moon é, sem dúvida, um dos melhores momentos da carreira de Ozzy Osbourne, porém, parece um pouco obscurecido em meio a sua longa discografia, pois não é unanimidade no gosto dos fãs, não é aquele álbum em que o público confira um endeusamento como acontece com Blizzard of Ozz e No More Tears, embora tenha conteúdo musical para tal.

Mesmo assim, o comedor de pombo e morcego fez o que era esperado de um artista de seu gabarito: um álbum bem-feito do começo ao fim, com o plus de ser embrulhado em um conceito que fariam os mestres do schock rock e do terror abrirem o sorrisão de orgulho do pupilo.

E por falar no conceito do disco, Ozzy ficou uma graça travestido de lobisomem na capa do trabalho e no videoclipe da faixa-título.

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