Em entrevista para o site The Guardian no último domingo (28), Ozzy Osbourne falou sobre como é viver com a doença de Parkinson e os problemas de saúde enfrentados nos últimos anos.
“Você acha que está levantando os pés, mas seu pé não se move”, disse “Sinto que estou andando com botas de chumbo”.
Osbourne tem 73 anos e foi diagnosticado com Parkinson em 2020, ele explica que a doença também o levou à depressão, bem como aos efeitos colaterais de seus vários medicamentos, incluindo perda de memória de curto prazo e constipação.
“Cheguei a um patamar mais baixo do que eu queria”, revelou Ozzy sobre seu estado mental. “Nada realmente faz eu me sentir bem. Nada. Então eu tomei esses antidepressivos, e eles funcionam bem”.
Ozzy ressalta que a pior coisa sobre o Parkinson é que não há fim da doença à vista. “Você aprende a viver o momento, porque você não sabe [o que vai acontecer]”, disse ele. “Você não sabe quando vai acordar e não vai conseguir sair da cama. Mas você simplesmente não pensa nisso”.
Em junho, Osbourne passou por cirurgias que “definiria o resto de sua vida,” a operação foi para remover e realinhar pinos em seu pescoço e nas costas que estavam em seu corpo desde 2003, quando sofreu um acidente de triciclo. Outros foram colocados em 2019, após uma queda sofrida em casa.
“Ficou tão ruim que em certa altura pensei: ‘Deus, por favor, não me deixe acordar amanhã de manhã’. Porque foi uma agonia do caralho”, disse.
“Os parafusos se soltaram e estavam lascando o osso”, disse a esposa e gerente de Ozzy, Sharon, na mesma entrevista. “E os destroços se alojaram sob sua espinha”.
Ozzy acrescentou: “Com a pressão na coluna vertebral, tive dores nos nervos. Eu nunca tinha ouvido falar de dor nos nervos! Sabe quando você é criança e está brincando com neve e suas mãos ficam muito frias? Então você entra e coloca água quente, e eles começam a esquentar? E você sente esses arrepios? E isso dói pra caralho? É assim”.
Ver essa foto no Instagram
Novo Disco
Apesar dos problemas de saúde, Osbourne prepara um novo disco. O álbum sucessor de Ordinary Man (2020) tem sido trabalhado desde dezembro quando o guitarrista Andrew Watt declarou que as músicas estavam ‘quase prontas’. Além de Watt, Ozzy contou com Robert Trujillo (Metallica) no baixo, com Chad Smith (Red hot Chilli Peppers) e com Taylor Hawkins (Foo Fighters) dividindo a bateria. Hawkins viria a falecer em março, durante uma turnê pela América do Sul.
Este mês Ozzy Osbourne e Tony Iommi, do Black Sabbath, reuniram-se em performance memorável. O vocalista e o guitarrista tocaram Paranoid, um dos maiores sucessos do grupo, ao lado dos músicos Adam Wakeman e Tommy Clufetos – integrantes da turnê final da banda.
“Estou dizendo a você que darei o melhor de mim para outra turnê. Você não viu o fim de Ozzy Osbourne, eu prometo. Se eu tiver que ir até lá e morrer na primeira música, ainda estarei de volta no dia seguinte”, disse Ozzy ao The Guardian.
Confira a mais recente apresentação abaixo:
Fonte: Rolling Stone Brasil