The Grinding Wheel é testemunha do ainda mágico, acelerado, preciso e provocativo Thrash Metal de Overkill. O décimo oitavo álbum é um trabalho de uma equipe suprema de cinco peças entrosadas à perfeição que executa um Thrash… com uma leve pitada de Punk.
“Um dos princípios – ou característica – da banda é que ele tem sido esmagador através de longos, longos períodos de tempo”, declara Blitz. “Décadas até o momento. E não necessariamente com enormes ganhos com relação à popularidade, mas com certeza, com ganhos enormes em relação a poder ganhar a vida fazendo o tipo de música que queremos. E então a ideia de esmagar tornou-se ao longo das décadas uma estratégia para compor o álbum, seja nos riffs ou nas letras.”
Mais evidente nas passagens panorâmicas de Metal Clássico, e mais articulado ainda na faixa Our Finest Hour, se encontra outra marca registrada de Overkill: as partes de baixo bem definidas. Combine isso com a mágica percussão do gênio Ron Lipnicki, e The Grinding Wheel emerge como um álbum com uma notável fundação de seção rítmica que o faz crescer.
Isso nos traz de volta à eficiente máquina mencionada acima, dos cinco sujeitos que compõem Overkill. Cinco peças com nenhum elo fraco e liderados por dois guitarristas guerreiros do Metal.
“Essa é a força da banda”, explica Blitz. “Dave é realmente o único que mantém a guitarra reina nesta banda. Ele é um escritor no seu núcleo. Você sabe, ele é um desses caras que escova os dentes e ouve um ritmo como as cerdas estão batendo no esmalte (risos).”
“Ele é aquele que diz: ‘Oh, espera um segundo, eu tive uma outra ideia’. Ele tem uma ideia por minuto e, quando é assim, muitas delas são ótimas. Então, ele é quem segura as rédeas. Já o Derek é mais obstinado, teimoso. E então quando tudo está rolando, pode vir Dave ou Derek e mudar a música. Digamos que é sempre bom ter um chefe e alguns índios.
E tudo depende de quem seja o chefe naquele momento. Eu acho que no final do dia, quando você precisa de uma perspectiva mais clara, você procura o Derek que é quem geralmente contribui com essa perspectiva com mais de um final.”
E Ron? “Ele é único na sua espécie”, diz Verni. “Ele é um grande baterista. Eu trabalhei com eles em vários discos. Este é o quinto álbum juntos e eu realmente agora entendo como ele toca. Trabalhar com ele no estúdio é simplesmente um prazer, porque ele sabe o que fazer.”
Depois de proferir todos os elogios possíveis sobre o lendário produtor Andy Sneap (quem só fez a mixagem pois Verni fez o resto), D.D. esclarece ainda mais o porquê Overkill está no topo após 18 álbuns.
“Eu tenho um estúdio e fiz a maior parte ali, já faz um tempo que eu estou fazendo isso. E a formação está consistente faz tempo também. Então, passamos um bom tempo juntos, todo mundo conhece seu papel e é bom nele. Todo mundo traz algo para a festa. E eu acho que é por isso que os dois últimos discos… as pessoas perguntam: ‘Como é possível que os seus álbuns ficam cada vez melhores após 25 anos?’, e eu acho que parte disso se deve a que todo mundo tem um papel na banda e está confortável nele e são realmente bons nele. Então os álbuns ficam cada vez melhores. É como ter uma equipe, em vez de um grupo inteiro de chefes e nenhum índio”.
Mas, uma banda estabelecida como Overkill – um grupo tão simpático como você nunca viu antes – reconhece que parte do seu sucesso para sobreviver e prosperar com o seu estilo se deve à fidelidade da sua considerável base de fãs.
Fonte: Shinigami Records