O som, a temática, as letras e todo o resto em torno do Black Sabbath era sombrio, soturno e sinistro, capaz de gelar espinha e arrepiar a perna do ser mais machão do pedaço. E é claro que os integrantes da banda se aproveitaram da publicidade gratuita e mergulharam fundo no obscurantismo, mas de uma maneira avacalhada, no deboche, por assim dizer.
O problema que a bagunça servia de apito aos doidinhos de aldeia que realmente viviam com os dois pés atolados no lado negro da força.
Em sua biografia, Eu Sou Ozzy, de 2010, o Príncipe das Trevas recordou os convites que recebia de seitas e organizações obscuras.
“Eu não conseguia acreditar que as pessoas realmente praticavam o ocultismo”, disse Ozzy, em seu livro. “Esses malucos com maquiagem branca e vestes pretas vinham até nós, depois de nossos shows, e ficavam nos convidavam para irmos para missas negras no Cemitério Highgate, em Londre”, relembrou.
“Eu cheguei a falar com eles o seguinte: “Olha, pessoal, os únicos espíritos do mal os quais tenho interesse são uísque, vodca e gim”, declarou o músico em tom debochado.
“Certa vez, nós fomos convidados por um grupo de satanistas para tocar em Stonehenge, mas mandamos ele se foderem”, pontuou. “Eles falaram que iam nos amaldiçoar, que iam nos enviar uma praga”, completou o cantor.
Com ou sem praga e maldição, Ozzy Osbourne (vocal), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria) se tornaram os pais do heavy metal e referência mor quando o assunto é música pesada.