Todo mundo que curte o mundo da guitarra e do rock n’ roll já encontrou a arte de Zakk Wylde em algum momento da aventura pelos dois orbes. O viking das seis cordas ganhou holofote e prestígio na música por conta do trabalho ao lado do madman Ozzy Osbourne.
Em junho de 1989, Zakk bateu um longo papo com a revista Guitar World para falar sobre a parceria com o Príncipe das Trevas, equipamento e abordagem técnica na guitarra. Mesmo com apenas vinte e dois anos na época da entrevista, Wylde já tinha os pés no chão e não curtia os estrelismos de alguns músicos.
“Ter ego e se sentir muito importante são para os idiotas”, disparou Zakk. “Odeio posers e pessoas que pensam que são estrelas do rock; não é grande coisa estar numa banda de rock”, declarou o guitar hero.
“Quando meus amigos vieram me ver tocar no Meadowlands [em Nova Jersey], eles me viram no palco. Mas era o mesmo cara com quem eles andavam há anos”, pontuou. “Eles disseram que não parecia realmente um show do Ozzy para eles”, acrescentou.
“Eu não me sinto o máximo ou o rei da cocada! Eu ainda estudo guitarra todos os dias. Muitas vezes eu lia sobre caras em revistas de guitarra que diziam que não tinham tempo para estudar na estrada, mas isso não é verdade. Continuo com a minha programação de estudos”, completou.
Zakk Wylde teve a difícil missão de substituir o virtuoso Jake E. Lee, entregar uma performance com personalidade e impor uma linha criativa distinta da de seus antecessores. A primeira aventura com o Morcegão do Rock foi em No Rest For The Wicked, álbum de 1988 que vendeu mais de dois milhões de cópias.
O então molecote da guitarra se tornou peça fundamental para a carreira de Ozzy, cujo o estrelato aumentaria ainda mais no disco No More Tears (1991). De lá para cá, Wylde entrou e saiu várias vezes da banda de Osbourne, porém, se mantém como um fiel parceiro do artista britânico.