Os solos de guitarras já foram objetos de acalorados debates no rock e metal! Há quem considere os solos uma vazão hedonista dos músicos e há o pessoal que julga ser uma parte vital das músicas.
Bandas como Metallica já chegaram a aboli-los de suas canções; outros grupos como Rammstein, Rob Zombie, Korn, Limp Bizkit e Deftones costumam passar bem longe das acrobacias melódicas nas seis cordas.
Outro nome que acha que o solo de guitarra tradicional deveria ser extinto é o guitar hero Marty Friedman (ex-Megadeth).
Durante entrevista ao site Guitar World, Friedman compartilhou sua opinião sobre o assunto: “Normalmente, o guitarrista principal chega, faz um solo de oito compassos, toca um monte de licks estúpidos, talvez acrescenta algo sofisticado que vai impressionar, e então vai embora”, explicou ele.
E continuou: “Mas estou substituindo o vocalista quando estou solando, ou seja, canto com minha guitarra. Então, em vez de dizer: ‘Aqui está o solo obrigatório de oito compassos’, se necessário, serei egoísta porque é exatamente isso que eu quero, em vez de um solo velho e chato”.
Marty então disse abertamente como o “solo tradicional” deveria ser extinto. “Espero que o solo de guitarra tradicional tenha uma morte lenta e dolorosa. Os solos de guitarra precisam ser criativos. Eles precisam de algo para manter os ouvintes envolvidos, especialmente aqueles que não estão aprendendo a tocar e apenas ouvem”, ele disse.
E indo ao cerne da questão, a música é algo que os ouvintes devem sentir, e não apenas experimentar como uma sequência de notas tocadas de maneira impressionante em uma guitarra.
“Precisamos de música de guitarra que faça as pessoas sentirem algo”, explicou Marty. “É responsabilidade dos guitarristas trazer algo aos solos que alcance isso”.
Por outro lado, Friedman disse que está entusiasmado com a atual cena da guitarra. As coisas parecem estar lentamente se afastando dos velhos hábitos e entrando em novos territórios.
“As coisas parecem promissoras porque existem ótimos trabalhos de guitarra”, disse ele. “Existem muitas abordagens interessantes por parte de pessoas que olham para o instrumento de maneiras interessantes”.
“Todas aquelas outras coisas de oito compassos e batidas – isso tem que acabar. Deve haver algo melodicamente único que nos conecte a um nível superior. É isso que procuro na guitarra hoje e espero que os jovens músicos também procurem isso”, finalizou.