Agenor de Miranda Araújo Neto – ou simplesmente Cazuza – foi um dos maiores poetas e rock stars da música brasileira. O carioca foi frontman do Barão Vermelho, banda com a qual lançou três discos – Barão Vermelho (1982), Barão Vermelho 2 (1983) e Maior Abandonado (1984).
Em carreira solo, o cantor alcançou ainda mais sucesso comercial com os álbuns Ideologia (1988), O Tempo Não Para (1989) e Burguesia (1989), os quais venderam mais de quatro milhões de cópias juntos. Canções como Exagerado, Faz Parte do Meu Show e Vida Louca Vida deixaram a sua marca na década de 1980.
E como recordar é viver, vamos lembrar uma importante entrevista de Cazuza ao programa Cara a Cara, que ia ao pela TV Bandeirantes e tinha a apresentação de Marília Gabriela. No quadro bate-bola, a entrevistadora perguntou ao cantor se fazer rock era chique.
Cazuza respondeu: “Hoje em dia, uma vó pode dar de presente de natal para o neto uma guitarra para ele ser que nem o Herbert Vianna [Os Paralamas do Sucesso]. Para ser que nem eu e o Lobão não, mas para ser que nem o Paulo Ricardo [RPM]. Ser roqueiro é ser bacana. Antigamente não era assim, era uma porcaria”.
Já sobre o que despreza totalmente, Agenor Neto disse: “O meu desprezo total é pela direita e pela igreja. A direita é uma coisa tão mesquinha. É o poder individual! Eu gosto de viver no coletivo. Eu sou de esquerda porque tenho amigos e gosto de dividir as minhas coisas. E a igreja no prega a divisão! A igreja quer só dinheiro”.
Veja a entrevista completa no player a seguir.