“Never Say Die! foi o pior trabalho que fiz; é nojento e tenho vergonha dele”, diz Ozzy Osbourne

Os primeiros anos e discos de estúdio do Black Sabbath foram de pura criatividade e frescor musical. Trabalhos como o homônimo ao grupo, Paranoid e Master of Reality foram agraciados com muita originalidade e zelo.

Contudo, depois que a fama, sucesso, drogas, bebidas e groupies tomaram o controle dos músicos, a qualidade artística caiu vertiginosamente. Em Technical Ecstasy (1976), a luz vermelha do alerta criativo e comportamental foi ascendida, mas fora solenemente menosprezada.

As relações entre os músicos começaram a ficar insustentáveis. Para ter uma ideia, o vocalista Ozzy Osbourne saiu da banda por um tempo, entretanto, voltou ao grupo pouco tempo depois. A trupe ainda tentou reanimar aquele corpo moribundo com o disco Never Say Die!

Mas não teve jeito, o oitavo registro de estúdio veio transbordando de elementos de jazz e sofrendo de uma carência crônica dos arrebatadores riffs de Tony Iommi.

O resultado foi uma rusga que culminou na demissão do Príncipe das Trevas e uma reformulação sonora para que pudesse desatolar do limbo criativo que se prostrava.

Em entrevista a Guitar World, Ozzy chegou a declarar que Never Say Die! foi o pior trabalho em que esteve envolvido durante sua carreira. O cantor foi além e afirmou com todas as letras que tem vergonha do álbum e que o considera nojento.

Apesar do desprezo de Osbourne e parte dos fãs, Never Say Die! conquistou a décima segunda posição das paradas britânicas e já vendeu mais de meio milhão de cópias.

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