Nadando em dinheiro é uma expressão muito antiga que se relaciona ao padrão financeiro de uma pessoa ou família. E, para quem foi criança/jovem na década de 1980 e começo dos anos 90, o imaginário desta expressão logo pode vir embalado pelas cenas do personagem de desenho animado, Tio Patinhas – nome real do personagem é Scrooge McDuck -, nadando e mergulhando em suas reservas de dinheiro, ouro e joias.
Outros personagens de desenho animado e da cultura pop também ostentam uma fortuna para ninguém botar defeito como o Riquinho, Valentino Troca Tapa, Pão Duro McMoney, Smaug, Forrest Gump. Mr. Burns, entre outros.
E é claro que nos universos do rock n’ roll e heavy metal tem o pessoal que esbanja posses e riquezas materiais dignas dos personagens citados logo acima. É importante ressaltar que nós não estamos nos referindo aos artistas que conquistaram a dinheirama por intermédio do próprio trabalho; estamos citando a galera que já veio de berço de ouro e que pôde brincar de rockstar, sem se preocupar com o balancete mensal da banda e da própria casa.
Dito isso, te convidamos a relembrar uma galera do rock e metal que podia comprar lanche todo dia na cantina da escola que não abalava as estruturas financeiras da família.
1 – Lars Ulrich – Metallica
Lars é filho do campeão de tênis dinamarquês Torben Ulrich, profissional que também atuou como escritor e cineasta. O patriarca fez fortuna no esporte e o seu pimpolho, que é filho único, se beneficiou de toda sua atenção e grana.
Lars tentou seguir carreira no tênis, mas, durante a adolescência, já morando em Los Angeles, desistiu do esporte e foi tentar a sorte no heavy metal. Em parceria com James Hetfield, montou o Metallica e o resto, como dizem, é história.
2 – Cazuza – Barão Vermelho
Filho da filantropa Lucinha Araújo e do milionário produtor musical João Araújo, Agenor de Miranda Araújo Neto, também conhecido como Cazuza, foi, durante os anos 70 e 80, o sinônimo do bon-vivant carioca.
Nascido e criado no Leblon, bairro de classe alta do Rio de Janeiro, Agenor pôde virar a cidade de cabeça para baixo; na verdade, tinha o mundo em suas mãos, já que, se rolasse algum contratempo – ou B.O. como dizem hoje em dia -, papai e sua fortuna o salvariam de qualquer enrascada.
Como grana não era o problema, Cazuza pôde montar uma banda de rock com os amiguinhos, o Barão Vermelho, pois os caminhos estavam abertos – com ou sem talento musical.
3 – Joe Strummer – The Clash
John Graham Mellor – nome verdadeiro de Joe – é filho do diplomata do serviço exterior britânico Ronald Ralph Mellor. O músico, por conta do trabalho do progenitor, rodou o mundo com a família, que era deveras abastada, financeiramente.
Strummer, que não precisava pegar busão lotado para bater cartão no outro lado da cidade e escutar desaforo e humilhações de chefe grosseirão, conseguiu, por intermédio das ajudas financeiras da família, brincar de bandinha, assim formou o The Clash, ícone do punk rock.
Com o grupo, Joe fez história na música por intermédio de sons do quilate de Should I Stay or Should I Go, Rock the Casbah, Train in Vain e London Calling.
4 – Supla
Eduardo Smith de Vasconcellos Suplicy é o filho mais velho dos políticos Marta Suplicy e Eduardo Matarazzo Suplicy, ou seja, Duduzinho Smith é membro de uma família quatrocentona do Estado de São Paulo, portanto, grana está sob seus imensos domínios.
Diferente da maioria dos filhos de gente endinheirada, Supla é um cara muito gente fina, bacana de trocar ideia, todavia, não detém o menor talento e tino musical; mesmo assim, isso não o impediu de atuar no mercado fonográfico e edificar uma carreira que está ativa há décadas.
5 – Julian Casablancas – The Strokes
Julian é filho do fundador da Elite Model Management, o milionário John Casablancas. A empresa de seu pai é uma das maiores agências de modelo do planeta, tendo trabalhado com nomes importantes da indústria da moda como Gisele Bündchen, Naomi Campbell, Claudia Schiffer, Cindy Crawford e Heidi Klum.
Como boa aparência e beleza não são os seus pontos fortes, o rapaz se embrenhou no indie rock, alcançando sucesso com o The Strokes nos anos 2000. Atualmente, o herdeiro da família Casablancas tenta emplacar uma carreira solo que é mais aguada e insossa do que sopa de asilo.
6 – Lindsay Buckingham – Fleetwood Mac
O caçula da família Buckingham cresceu nos arredores da Califórnia, Estados Unidos, e se dedicava à natação; o rapaz chegou participar de campeonatos de polo-aquático, mas se cansou do esporte e mergulhou na música.
Como o dinheiro brotava praticamente do chão, já que sua família era detentora de plantações de café, Lindsay não enfrentou muitos desafios para trocar de área e se estabilizar em suas aventuras musicais, que fora ao lado de Stevie Nicks (vocal), Christine McVie (vocal), Mick Fleetwood (baterista) e John McVie (baixo).
Cash bônus
Músicos como Herbert Vianna (Os Paralamas do Sucesso), Dinho Ouro Preto (Capital Inicial) e Dado Villa-Lobos (Legião Urbana) também cresceram em famílias abastadas de grana. O papai de Herbert, por exemplo, era brigadeiro e uma das principais figuras da aeronáutica; já o patriarca da família de Dinho e Dado era diplomata.
Dessa forma, os rebentos, com a ajuda dos famigerados “paitrocínios”, começaram a brincar de bandinha sem as muitas armadilhas, pedras e tropeços que existem pelo caminho. Se o resultado é bom ou ruim… Bem, o público que deve decidir.
É interessante falar que o Supla não tem talento musical, mas à époda as musicas dele eram bem boas. Essa releitura de Garota de Berlim não devia existir, tentativa de modernizar e deixar palatável pra alguém com menos de 30 anos, e falhou miseravelmente, concordo :v