O grupo dinamarquês Myrkur foi alvo de um grupo conservador católico em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Os religiosos protestam contra a rádio WSOU e a sua programação, que é voltada para o segmento rock n’ roll e heavy metal, com isso, rola sons como Måneblót (Myrkur), The Serpentine Offering (Dimmu Borgir) e Bewitched (Candlemass), entre outros.
Segundo o grupo religioso, as bandas, assim como as suas músicas, promovem satanismo, bruxaria e o genocídio contra os cristãos. Agora, a vocalista da já citada banda Myrkur, Amalie Bruun, usou as redes sociais para rebater as críticas dos devotos.
“Já faz um tempo que não irrito as pessoas religiosas”, disse Amalie. “Mas para que fique bem explicado, Måneblót não é sobre matar bebês recém-nascidos, a letra foi escrita de forma simbólica sobre um ritual pagão. Ironicamente, simbolismo é algo sobre o qual aprendi muito lendo a Bíblia, o que fiz com frequência ao compor Mareridt [segundo álbum do grupo, lançado em 2017]”, explicou.
“Em primeiro lugar, não confunda religião com espiritualidade. Um livro de regras versus a crença de que há mais na vida do que apenas a vida humana. Qualquer pessoa que já ouviu os meus álbuns sabe que sou uma pessoa profundamente espiritual e me sinto atraída pela adoração da natureza e paganismo. A terra é minha igreja”, pontuou a musicista.
“Além disso, não gosto de misturar religião e estado. Acho que é um assunto pessoal […] e não gosto de me intrometer nas crenças das pessoas. Eu só quero ter a liberdade artística e a liberdade de expressão para todos”, concluiu.
O trabalho mais recente do Myrkur é o álbum Folkesange, lançado em março do ano passado (2020) pela Relapse Records.